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China condena ex-agente da polícia secreta a prisão perpétua por corrupção

27 dez 2018 - 11h42
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Um tribunal da China condenou um ex-funcionário de alto escalão da polícia secreta à prisão perpétua nesta quinta-feira por aceitar subornos, fazer acordos comerciais "coercitivos" e transações com informações privilegiadas, segundo a corte.

 REUTERS/Thomas Peter
REUTERS/Thomas Peter
Foto: Reuters

Ma Jian, outrora vice-ministro do Ministério da Segurança Estatal, é uma das autoridades de segurança mais graduadas a serem presas desde que o ex-chefe de Segurança Nacional Zhou Yongkang foi envolvido em um escândalo de corrupção e recebeu uma pena de prisão perpétua em 2015.

O caso de Ma está ligado ao do fugitivo mais procurado da China, o magnata exilado Guo Wengui, que mora em Nova York e atraiu atenção internacional com suas afirmações bombásticas sobre a liderança do governista Partido Comunista.

O Tribunal Popular de Intermediação de Dalian disse em um comunicado publicado em seu site que chegou ao veredicto por concluir que Ma recebeu uma quantidade "particularmente enorme" de subornos e que sua colaboração com a empresa de Guo foi "particularmente grave".

Ma usou sua posição para conspirar com Guo e para ajudar negócios que este controlava usando ameaças para realizar transações ilegais, como compelir indivíduos a transferirem ações de empresas, disse a corte.

Ma recebeu mais de 100 milhões de iuanes (14,56 milhões de dólares) em propriedades por seu trabalho e obteve quase cinco milhões de iuanes negociando ações graças a informações privilegiadas, segundo o tribunal.

O réu disse que aceita a decisão e que não apelará, de acordo com a corte.

Não foi possível obter comentários de Ma nem de Guo de imediato.

Ma passou a ser investigado por corrupção em 2015 e foi expulso do Partido Comunista no ano seguinte depois que procuradores o acusaram de interferir em atividades de aplicação da lei não especificadas.

Dezenas de autoridades de alto escalão foram investigadas ou presas desde que o presidente Xi Jinping assumiu o poder em 2012, prometendo extirpar a corrupção e alertando que o problema ameaça o controle do partido.

O poderoso Ministério da Segurança Estatal espiona cidadãos chineses e estrangeiros em casa e no exterior. Ele é uma das agências mais obscuras da China e não tem site público nem porta-voz.

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