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Chanceler da Áustria aponta elo entre atirador de Christchurch e Movimento Identitário

27 mar 2019 - 09h30
(atualizado às 10h11)
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O chanceler da Áustria, Sebastian Kurz, disse nesta quarta-feira que existe um elo financeiro entre o homem que matou 50 pessoas em ataques a tiros em mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, e o Movimento Identitário de extrema-direita austríaco.

Policial em frente a mesquita de Christchurch
22/03/2019
REUTERS/Jorge Silva
Policial em frente a mesquita de Christchurch 22/03/2019 REUTERS/Jorge Silva
Foto: Reuters

Hansjoerg Bacher, porta-voz dos procuradores da cidade austríaca de Graz, disse que Martin Sellner, chefe do Movimento Identitário --que diz querer preservar a identidade da Europa--recebeu 1.500 euros no início de 2018 de um doador com o mesmo nome do homem acusado de homicídio pelo ataque de Christchurch.

"Agora podemos confirmar que houve apoio financeiro, e portanto um elo entre o agressor da Nova Zelândia e o Movimento Identitário da Áustria", disse Kurz.

Sellner publicou um vídeo no YouTube no qual disse ter recebido uma doação do homem e que a polícia fez uma operação em sua casa devido aos possíveis laços com o atirador de Christchurch.

Ele disse no vídeo: "Não sou membro de uma organização terrorista. Não tenho nada a ver com este homem, além de ter recebido uma doação dele passivamente".

Bacher disse que há uma investigação em andamento para determinar se houve laços criminalmente relevantes entre Sellner e o agressor.

O Ministério do Interior da Áustria não quis comentar.

Kurz disse que o país cogita dissolver o Movimento Identitário.

"Nossa posição sobre isto é muito clara, absolutamente nenhum tipo de extremismo --sejam islâmicos radicais ou extremistas fanáticos de direita-- tem qualquer lugar em nossa sociedade", afirmou Kurz.

Na terça-feira, ele disse no Twitter que qualquer conexão entre o atirador de Christchurch e membros do Movimento Identitário na Áustria precisa ser plenamente esclarecida.

O vice-chanceler austríaco, Heinz-Christian Strache, do Partido da Liberdade (FPO) de extrema-direita, disse que sua sigla não tem nada a ver com o Movimento Identitário.

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