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Camboja e Tailândia trocam acusações após novos confrontos na fronteira

Os governos do Camboja e da Tailândia acusaram-se mutuamente, nesta quarta-feira (12), de novos confrontos ao longo da fronteira. Phnom Penh alegou que um civil cambojano foi morto, dois dias depois de Bangkok anunciar a suspensão de um acordo de paz apoiado pelos Estados Unidos.

13 nov 2025 - 12h27
(atualizado em 13/11/2025 às 06h48)
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O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, afirmou que soldados tailandeses atiraram e mataram uma pessoa durante uma troca de tiros na fronteira. O local já havia sido marcado por confrontos mortais em julho deste ano.

Esta foto divulgada pela Agence Kampuchea Press (AKP) em 12 de novembro de 2025 mostra um cambojano ferido sendo carregado, após Camboja e Tailândia trocarem acusações sobre novos confrontos na fronteira, na província de Banteay Meanchey.
Esta foto divulgada pela Agence Kampuchea Press (AKP) em 12 de novembro de 2025 mostra um cambojano ferido sendo carregado, após Camboja e Tailândia trocarem acusações sobre novos confrontos na fronteira, na província de Banteay Meanchey.
Foto: AFP - HANDOUT / RFI

"Condeno o uso da violência pelo lado tailandês contra civis cambojanos no vilarejo de Prey Chan, no final da tarde de hoje (...) que resultou em três civis feridos e um morto", disse Hun Manet no Facebook, nesta quarta-feira.

Pouco antes, o ministro da Informação do Camboja, Neth Pheaktra, disse à AFP, citando autoridades locais, que "soldados tailandeses abriram fogo contra civis", ferindo pelo menos cinco pessoas em Prey Chan, na província de Banteay Meanchey. O porta-voz do Exército Real Tailandês, Winthai Suvaree, afirmou que soldados cambojanos "dispararam tiros em território tailandês" por volta das 16h (6h pelo horário de Brasília) e que suas tropas "se abrigaram e responderam com tiros de advertência".

"O incidente durou cerca de 10 minutos antes de a calma ser restabelecida", disse ele em um comunicado, acrescentando que "nenhuma baixa foi relatada" no lado tailandês.

O Ministério da Informação do Camboja divulgou imagens que mostram civis feridos, incluindo um homem sendo atendido em uma ambulância com a perna ensanguentada. A AFP não conseguiu verificar a fonte das imagens.

Uma moradora cambojana, Hul Malis, disse à AFP por telefone que tiros vindos do outro lado da fronteira feriram pelo menos três pessoas em sua região.

"Eles simplesmente atiraram em nós. Não fizemos nada", disse ela. "Estou com tanto medo que vou fugir agora."

O marido dela, Thong Kimleang, disse que o Exército tailandês "disparou muitos tiros" por cerca de 15 minutos.

Cinco dias de conflito

Em julho, tropas terrestres, artilharia e força aérea dos dois países protagonizaram cinco dias de confrontos, que deixaram 43 mortos e levaram à evacuação de aproximadamente 300 mil pessoas. Um plano de paz mediado pelos Estados Unidos e assinado no final de outubro prometia aliviar as tensões.

O acordo incluía a libertação de 18 prisioneiros cambojanos detidos na Tailândia por vários meses. Os dois lados concordaram em retirar armas pesadas e remover minas terrestres das áreas de fronteira.

No entanto, a Tailândia suspendeu a implementação do acordo de paz na segunda-feira (10), alegando que uma mina terrestre recentemente colocada feriu quatro de seus soldados.

Os dois vizinhos do sudeste asiático travam uma longa disputa sobre a demarcação de partes de sua fronteira de 800 quilômetros, traçada durante a era colonial francesa. As áreas disputadas abrigam vários templos.

Com AFP

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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