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Biden prevê vitória nas eleições dos EUA; Trump busca recontagem e ações judiciais

4 nov 2020 - 20h45
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O candidato democrata Joe Biden afirmou nesta quarta-feira que estava caminhando para uma vitória sobre o presidente Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, após reivindicar triunfos nos Estados-chave de Wisconsin e Michigan, enquanto o mandatário republicano iniciou um ataque com múltiplas frentes às contagens de votos por meio de ações judiciais e um pedido de recontagem.

Candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden
04/11/2020
REUTERS/Kevin Lamarque
Candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden 04/11/2020 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Wisconsin e Michigan estavam dando a Biden, um ex-vice-presidente que tem cinco décadas na vida pública dos EUA, um impulso fundamental na disputa pelos 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para chegar à Casa Branca. Trump conquistou os dois Estados ao vencer as eleições de 2016. Perdê-los complicaria seu caminho na tentativa de garantir mais quatro anos no cargo.

"E agora, depois de uma longa noite de contagem, está claro que estamos ganhando Estados suficientes para alcançar 270 votos eleitorais necessários para conquistar a Presidência", disse Biden em seu Estado de Delaware, ao lado da companheira de chapa Kamala Harris. "Não estou aqui para declarar que vencemos. Mas estou aqui para afirmar que, quando a contagem terminar, acreditamos que seremos os vencedores."

A campanha de Trump pediu interferência em um caso pendente na Suprema Corte dos EUA sobre se a Pensilvânia, outro Estado importante que ainda estava contando centenas de milhares de cédulas pelo correio, deve ter permissão para aceitar cédulas atrasadas enviadas até o dia da eleição.

A campanha do presidente também disse que solicitaria uma recontagem em Wisconsin e acrescentou ter entrado com ações judiciais em Michigan e na Pensilvânia para interromper a contagem de votos, argumentando que as autoridades não permitiram acesso justo aos locais de contagem.

Juntas, as manobras judiciais de Trump representam um amplo esforço para contestar os resultados de uma eleição ainda a ser decidida um dia depois que milhões de norte-americanos foram às urnas, apesar da pandemia de coronavírus.

As medidas do presidente ocorreram após ataques matinais do republicano contra a integridade da votação, ao mesmo tempo em que falsamente alegou vitória e sugeriu sem comprovação que os democratas tentariam fraudar a eleição.

Em seu pronunciamento, Biden rebateu: "Todos os votos precisam ser contados. Ninguém vai tirar nossa democracia, nem agora, nem nunca. A América foi longe demais, lutou em muitas batalhas, a América suportou demais para deixar isso acontecer."

Trump está tentando evitar se tornar o primeiro presidente em exercício dos EUA a perder uma candidatura à reeleição desde George H.W. Bush em 1992.

Biden venceu Michigan por 67.000 votos, ou 1,2%, e estava à frente em Wisconsin por pouco mais de 20.000 votos, ou 0,6%, de acordo com números da Edison Research, que projetou Biden como o vencedor em Michigan.

Vários meios de comunicação projetaram Biden como vencedor em Wisconsin, mas a Edison não o fez, citando a recontagem pendente.

A lei de Wisconsin permite que um candidato solicite uma recontagem se a diferença for inferior a 1%, o que a campanha de Trump imediatamente disse que faria.

Em resposta ao processo de Michigan, Ryan Jarvi, porta-voz do procurador-geral do Estado, afirmou que as eleições foram "conduzidas de forma transparente".

A votação foi concluída na noite de terça-feira, mas muitos Estados levam dias para terminar a contagem dos votos. Houve um aumento nas cédulas por correio em meio à pandemia. Outros Estados fortemente disputados, incluindo Arizona, Nevada, Geórgia e Carolina do Norte, ainda estavam contando os votos, deixando o resultado da eleição nacional incerto.

No momento, sem incluir Wisconsin, Biden lidera por 243 a 213 sobre Trump nos votos do Colégio Eleitoral.

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