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Biden e Sanders mostram visões conflitantes em debate, mas criticam reação de Trump ao coronavírus

16 mar 2020 - 09h10
(atualizado às 09h13)
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Joe Biden e Bernie Sanders atacaram a maneira como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está lidando com o surto de coronavírus, durante um debate presidencial democrata no domingo, e apresentaram visões conflitantes de como atuariam em um momento de crise que vem transtornando o cotidiano dos norte-americanos.

Pré-candidatos presidenciais democratas dos EUA Bernie Sanders e Joe Biden durante debate televisionado
15/03/2020
REUTERS/Kevin Lamarque
Pré-candidatos presidenciais democratas dos EUA Bernie Sanders e Joe Biden durante debate televisionado 15/03/2020 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Em seu primeiro debate um a um, os dois democratas que disputam a chance de enfrentar Trump na eleição de novembro divergiram quanto à reação adequada à pandemia e outras questões prementes. Biden, de centro, argumentou que se concentraria em resultados, e o progressista Sanders clamou por mudanças maiores e mais impactantes.

Biden, que se tornou o franco favorito na corrida democrata após uma série de grandes vitórias em primárias nas últimas duas semanas, se comprometeu pela primeira vez a escolher uma mulher como vice de chapa se for o indicado do partido.

"Se eu for eleito presidente, meu gabinete, meu governo, se parecerão com o país, e me comprometo a escolher de fato uma mulher como vice-presidente", disse Biden, levando Sanders a dizer que "muito provavelmente" também escolherá uma mulher.

O debate ocorreu dois dias antes das disputas de terça-feira nos grandes Estados de Ohio, Illinois, Flórida e Arizona, onde outra sequência de vitórias de Biden lhe daria uma vantagem de delegados quase inatacável em relação a Sanders.

Os quatro Estados disseram que as primárias estão de pé apesar do vírus de disseminação rápida, que vem interditando escolas, restaurantes e grandes aglomerações em todo o país. Geórgia e Louisiana adiaram suas primárias por semanas.

Após o debate, Sanders questionou a sensatez de se realizar primárias, já que no domingo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendou que eventos com 50 pessoas ou mais sejam adiados ou cancelados nas próximas oito semanas.

"Eu esperaria que os governadores ouçam os especialistas em saúde pública", disse Sanders em uma entrevista à CNN. "Estou pensando em alguns dos idosos que estarão sentados atrás das mesas, registrando pessoas, fazendo aquelas coisas todas. Será que isso faz muito sentido? Não tenho certeza disso".

As autoridades dos EUA já registraram quase 3 mil casos e 65 mortes no surto -- até sábado eram 58. Globalmente, mais de 162 mil pessoas estão infectadas e mais de 6 mil já faleceram.

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