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Atirador que matou 15 pessoas em praia de Sydney é indiciado por terrorismo

A polícia indiciou nesta quarta-feira (17) Naveed Akram por terrorismo e 15 homicídios. Ele é apontado como um dos dois autores do atentado ocorrido no domingo (14) na praia de Bondi, em Sydney. A Austrália, que viveu seu pior ataque em três décadas, começou a enterrar e homenagear as vítimas nesta quarta.

17 dez 2025 - 08h54
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"A polícia sustentará diante do tribunal que este homem cometeu atos que causaram mortes, ferimentos graves e colocaram vidas em perigo para promover uma causa religiosa e semear medo dentro de uma comunidade", declarou a polícia do Estado de Nova Gales do Sul, onde fica a capital australiana. "As primeiras indicações sugerem que se trata de um ataque terrorista inspirado pelo grupo Estado Islâmico (EI)", acrescenta o comunicado.

Despedida do rabino Eli Schlanger, vítima do ataque em Bondi, durante seu funeral na sinagoga local, em Sydne
Despedida do rabino Eli Schlanger, vítima do ataque em Bondi, durante seu funeral na sinagoga local, em Sydne
Foto: © Kate Geraghty / АР / RFI

Naveed Akram, de 24 anos, ficou gravemente ferido pela polícia durante o tiroteio de domingo na praia de Bondi. Segundo a imprensa local, ele saiu do coma na noite de terça (16). Seu pai, Sajid Akram, com quem realizou o ataque, foi morto durante a ação.

Os primeiros funerais após o atentado ocorreram nesta manhã, em Bondi, onde pai e filho mataram 15 pessoas reunidas para a festa judaica de Hanukkah, no domingo. Uma multidão de fiéis recebeu no templo Chabad, em Sydney, o corpo do rabino Eli Schlanger, a primeira vítima do atentado a ser sepultada, em meio a um forte esquema policial.

"Essa perda é imensa para todo o povo judeu, mas para nossa comunidade aqui, para o Chabad de Bondi, é indescritível", destacou o rabino Levi Wolff. Conhecido como "o Rabino de Bondi", Eli Schlanger, 41, era pai de cinco filhos e atuava em prisões e hospitais. "Você é meu filho, meu amigo e meu confidente", declarou seu sogro, Yehoram Ulman, durante a cerimônia.

Entre as vítimas estão também uma menina de 10 anos, dois sobreviventes do Holocausto e um cidadão francês, Dan Elkayam. Outro rabino assassinado no domingo, Yaakov Levitan, 39, pai de quatro filhos, também deve ser sepultado nesta quarta-feira na sinagoga Chabad de Bondi.

Premiê homenageia "heróis" que lutaram com atirador

"Hoje será um dia particularmente difícil", declarou o primeiro-ministro Anthony Albanese à rádio local. Ele disse estar "de todo coração com a comunidade" judaica no país.

Albanese prestou homenagem ao heroísmo de um casal de sexagenários, Boris e Sofia Gurman, mortos no atentado ao tentarem conter um dos atiradores. "Boris atacou um dos terroristas quando ele saía do carro. E isso causou a morte deles", declarou, chamando o casal de "heróis australianos".

O premiê também visitou na terça-feira Ahmed Al Ahmed, que conseguiu arrancar o fuzil das mãos de Sajid Akram. Seu gesto, filmado, viralizou nas redes sociais.

Os dirigentes australianos agora preparam leis para endurecer as regras que permitiram a Sajid Akram obter licenças para o porte de seis armas de fogo.

Na terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a decisão australiana de reconhecer a Palestina em meio à guerra em Gaza colocou "lenha na fogueira do antissemitismo".

Atirador já tinha sido investigado

Armados com vários fuzis, os dois homens dispararam em direção à praia durante dez minutos. Naveed Akram já havia sido alvo de verificações dos serviços de inteligência australianos em 2019, mas não representava uma ameaça na época, segundo as autoridades.

De acordo com as autoridades filipinas, os dois homens estiveram no país de 1º a 28 de novembro, com passaportes indiano e australiano. O destino era a região de Davao, na ilha de Mindanao, palco de uma insurreição islamista.

Manila, no entanto, negou nesta quarta-feira abrigar campos de treinamento jihadistas. O presidente Ferdinand Marcos "rejeita formalmente (…) a descrição enganosa das Filipinas como centro de treinamento do Estado Islâmico", afirmou sua porta-voz.

Com agências

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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