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Ataque a tiros deixa 13 feridos e dois mortos no Canadá

Pelo menos treze pessoas, incluindo uma criança, foram baleadas; atirador foi morto após confronto com polícia

23 jul 2018 - 07h14
(atualizado às 07h19)
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Uma mulher morreu e ao menos treze pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas após um ataque a tiros em frente a um restaurante no distrito de Greektown, no centro de Toronto, no Canadá. Segundo o Departamento de Polícia local, o atirador foi morto após confronto com os agentes. A ocorrência foi registrada por volta das 23h (horário de Brasília, 22h no horário local) deste domingo (22).

Polícia cerca o local do atentado
Polícia cerca o local do atentado
Foto: Chris Helgren / Reuters

Segundo o chefe da polícia local, Mark Saunders, as vítimas foram atingidas por disparos de revólver. O estado da menina, de nove anos, é considerado crítico. As vítimas foram transportadas para hospitais locais. A menina foi encaminhada para um centro pediátrico de Toronto.

Várias ambulâncias atenderam a ocorrência com equipes de primeiros-socorros e a região nas proximidades da avenida Danforth, onde ocorreu o crime, foi cercada.

"Quando temos tantas pessoas atingidas por um atirador, é algo sério", disse Saunders. "Nós estamos investigando todos as possíveis motivações e não estamos excluindo nenhuma possibilidade". Um vídeo feito por testemunhas mostra o atirador, vestido de preto, disparando contra o restaurante.

O estado de saúde das demais vítimas ainda é desconhecido, informou o porta-voz da polícia de Toronto, Mark Pugash. Segundo ele, ainda é cedo para os investigadores classificarem o ato como atentado terrorista, mas a possibilidade não foi descartada. A identidade do criminoso não foi revelada e as motivações do crime são desconhecidas. O Departamento de Homicídios ouve testemunhas do incidente no início desta madrugada.

Uma testemunha que passava pela avenida Danforth alega que ouviu entre 20 a 30 disparos antes da população começar a correr pelas ruas do centro da cidade.

Nas redes sociais, o prefeito de Toronto, John Tory, condenou o ataque como "desprezível", prestou solidariedade aos familiares das vítimas e disse que as investigações seguem com o objetivo de identificar as motivações do crime.

"Hoje, um ato desprezível foi perpetuado na avenida Danforth, em nossa cidade. Em nome de todos os residentes de Toronto, estou indignado que alguém possa ter cometido um ato tão terrível em nossa cidade e contra pessoas inocentes que se divertiam em uma noite de domingo", escreveu Tory. Segundo ele, a polícia local está conduzindo as investigações e que o primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, foi informado do caso e também presta solidariedade às vítimas.

"Enquanto nossa cidade sempre será resiliente contra esse tipo de ataque, isso não significa que esse ato covarde cometido contra nossos residentes é menos doloroso - esse é um ataque contra famílias inocentes e nossa cidade."

Violência

O incidente em Greektown neste domingo é o mais recente de uma escalada de violência envolvendo ataques a tiros no maior centro financeiro do Canadá. Segundo dados divulgados pela polícia canadense na semana passada, nos últimos doze meses, foi registrado um aumento de 13% no número de tiroteios em Toronto. Desde janeiro, o total de mortes resultantes de confrontos armados subiu 53% em comparação ao mesmo período de 2017. Em resposta, a polícia de Toronto deslocou 200 agentes para responder a este tipo de violência desde julho. A corporação diz que o aumento de casos é relacionado a brigas de gangues locais.

Van atropela pedestres

Em abril deste ano, um homem atropelou um grupo de pedestres no centro de Toronto, matando dez pessoas e ferindo outras quinze. Alek Minassian, de 25 anos, dirigiu a van deliberadamente contra as vítimas e fugiu do local, mas foi rendido e preso pela polícia local. O jovem foi acusado formalmente de homicídio e as investigações sobre o caso continuam. As motivações para o ataque, no entanto, permanecem desconhecidas.

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Estadão
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