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Ásia

Após terremoto, Nepal avalia cancelar subidas ao Everest

Diretor-geral do Departamento de Turismo disse que condições no local estão só piorando e prefere não correr riscos

6 mai 2015 - 08h53
(atualizado às 16h11)
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A temporada de escalada no Everest pode ser cancelada neste ano após especialistas que preparam as rotas de subida tenham recomendado não realizar o trajeto depois do terremoto que acabou com a vida de 19 montanhistas e guias na montanha mais alta do mundo.

"O governo tem que tomar uma decisão formal", disse nesta quarta-feira (6) à Agência Efe o diretor-geral do Departamento de Turismo do Nepal, Tulsi Gautam.

"As condições no Everest estão piorando e não queremos correr riscos", indicou Gautam.

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Uma equipe de "doutores do gelo" (especialistas que preparam as rotas) e o Comitê de Controle da Poluição Sagarmatha (SPCC) recomendaram ao governo cancelar as subidas ao Everest dados os danos provocados pelo terremoto de 7,8 graus em 25 de abril no acampamento base e a difícil passagem da cascata de gelo de Khumbu.

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"Os trabalhos (para reparar) a cascata de gelo levariam pelo menos duas semanas. Dado o pouco tempo que temos antes da alta das temperaturas e a chegada da monção, que dificulta a subida ao Everest, parece impossível que a rota possa ser preparada a tempo", indicou ontem o SPCC em comunicado.

O SPCC ressaltou também a falta de equipamentos médicos e de resgate no campo base, além da escassez de equipamento e provisões necessários para começar a reparar a cascata de gelo.

Neste ano cerca de 300 alpinistas tinham se registrado para subir até o topo do Everest, após a avalanche que no ano passado matou 16 sherpas e provocou o cancelamento das escaladas ao pico mais alto do mundo.

Segundo os últimos dados oficiais do governo, o terremoto deixou pelo menos 7.652 mortos e 16.392 feridos, provocou 2,8 milhões de deslocados internos e destruiu cerca 200 mil edificações, enquanto outras 190 mil ficaram danificadas.

EFE   
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