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Aquecimento global pode diminuir tamanho dos peixes, diz estudo

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PARIS, 30 Set 2012 (AFP) -O aquecimento global está modificando não só a temperatura e a quantidade de oxigênio dos oceanos, mas também pode afetar consideravelmente o tamanho dos peixes, alertou um estudo publicado neste domingo.Um dos elementos chave do tamanho dos peixes e invertebrados marinhos é sua necessidade energética: quando seu entorno já não é capaz de proporcionar esta energia para satisfazer suas necessidades, os peixes param de crescer.A quantidade de oxigênio na água é para os peixes uma fonte de energia. "Obter oxigênio suficiente para crescer é um desafio constante para os peixes e, quanto maior o peixe, pior", disse Daniel Pauly, biólogo do Centro de Pesca da Universidade de Columbia Britânica em Vancouver (Canadá, oeste). "Um oceano mais quente e com menos oxigênio, como se prevê com o aquecimento global, será mais complicado para os peixes grandes, o que significa que logo deixarão de crescer", acrescentou.Pauly e seus colegas buscaram criar modelos do impacto do aquecimento global em mais de 600 espécies de peixes a partir de dois cenários climáticos comumente aceitos pelos especialistas para o período 2001-2050.Segundo seus cálculos, o aquecimento médio no fundo dos oceanos continua sendo mínimo (poucos centésimos de um grau por década), assim como a diminuição da concentração de oxigênio.Contudo, "as variações resultantes em termos de peso corporal máximo são surpreendentemente importantes", disseram os pesquisadores no estudo publicado pela revista britânica Nature Climate Change.Em geral, o peso máximo médio dos peixes considerados diminuiria de 14% a 24% entre 2001 e 2050. Seria o equivalente à perda de 10 a 18 quilos em um homem de 77 quilos.O Oceano Índico será o mais afetado (24%), seguido do Atlântico (20%) e do Pacífico (14%), nas áreas tropicais ou temperadas."Este estudo indica que, se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas, as consequências serão maiores que o previsto nos ecossistemas marinhos", alertaram os pesquisadores. "Outros impactos das atividades humanas, como a pesca excessiva e a contaminação, podem agravar o problema", acrescentaram.ban/chc/mr/ad/jo/mv

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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