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Anistia Internacional vai fechar escritórios em Hong Kong

ONG diz que lei de segurança nacional torna trabalho impossível

25 out 2021 - 10h26
(atualizado às 10h47)
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A Anistia Internacional anunciou nesta segunda-feira (25) que fechará seus escritórios em Hong Kong por conta das "ameaças" impostas pela lei de segurança nacional, que está em vigor desde junho de 2020.

Hong Kong vive sob dura lei de segurança nacional desde junho de 2020
Hong Kong vive sob dura lei de segurança nacional desde junho de 2020
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Essa decisão, tomada com pesar, foi causada pela lei de segurança nacional de Hong Kong, que tornou impossível que organizações para os direitos humanos trabalhem livremente e sem temores de graves represálias por parte do governo", disse em nota a presidente do conselho da AI, Anjhula Mya Singh Bais.

Atualmente, a ONG tem dois escritórios no território autônomo chinês, sendo um voltado para a situação dos direitos humanos em Hong Kong e outro que desenvolve atividades de pesquisa na Ásia e no Pacífico. O primeiro será fechado em 31 de outubro; já o segundo deve ser realocado para outro país até "o fim de 2021".

O encerramento das atividades da Anistia é mais um passo para o fim desse tipo de organização no território.

Há poucas semanas, outra entidade, a Aliança de Hong Kong, também anunciou seu fim. O grupo existia há 30 anos e era bastante conhecido por se manifestar em 4 de junho para lembrar as vítimas da repressão do que é conhecido como o Massacre da Praça Tiananmen (ou Paz Celestial), ocorrido em Pequim em 1989.

A polêmica lei de segurança nacional foi aprovada pela China em junho do ano passado e ampliou as possibilidades das pessoas serem condenadas por secessão, sedição ou terrorismo ao protestarem contra o governo. Desde que foi implementada, dezenas de líderes das manifestações que pediam por mais democracia foram presos e/ou condenados pelos atos.

Além disso, os chineses impuseram novas regras para os deputados eleitos e suprimiram diversos políticos pró-democracia do processo eleitoral.

A China diz que a medida é fundamental para garantir a segurança e a unidade do território autônomo, mas a maior parte dos líderes ocidentais condenou a medida por "acabar" com o conceito de "um país, dois sistemas". Diversas foram as sanções contra o governo local. .

Ansa - Brasil   
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