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América Latina

Suicídio registra maior aumento nas Américas do que no resto do mundo, alerta organização

Nesta sexta-feira (10), Dia Mundial da Saúde Mental, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destaca que o continente americano é a única região do mundo que registra crescimento nas taxas de suicídio. Em algumas regiões, o maior percentual de suicídios ocorre entre pessoas de 25 a 49 anos.

10 out 2025 - 12h35
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Nesta sexta-feira (10), Dia Mundial da Saúde Mental, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destaca que o continente americano é a única região do mundo que registra crescimento nas taxas de suicídio. Em algumas regiões, o maior percentual de suicídios ocorre entre pessoas de 25 a 49 anos.

Imagem de ilustração. Américas apresentam maior crescimento mundial da taxa de suicídio.
Imagem de ilustração. Américas apresentam maior crescimento mundial da taxa de suicídio.
Foto: Getty Images - Jacob Wackerhausen / RFI

Ana María Ospina, da RFI

Há um mês, a Opas lançou uma campanha de prevenção para conter o aumento do suicídio nas Américas. A Guiana tem o maior índice de mortes por suicídio - 29,4 a cada cem mil mortes -, segundo um levantamento de 2019. Em seguida, vêm Suriname, Uruguai, Estados Unidos, Trinidade e Tobago, Canadá, Haiti, Cuba, Argentina e Chile. O Brasil aparece em 18° lugar, com 6,2 suicídios a cada cem mil mortes.

Em entrevista à RFI, Matías Irarrazaval, assessor regional de Saúde Mental e Uso de Substâncias da Opas, falou a respeito.

RFI: Por que o suicídio é uma das grandes preocupações de saúde pública nas Américas?

Matías Irarrazaval: A taxa de suicídio na região aumentou 17% entre 2000 e 2021, sendo a única região da OMS a apresentar um crescimento contínuo nesse período. Mais de 100 mil pessoas morreram por suicídio anualmente entre 2015 e 2021, o que representa uma taxa de nove por 100 mil habitantes. Cada suicídio é uma tragédia que também afeta famílias e comunidades. Sabemos que, em algumas sub-regiões, o maior percentual de suicídios ocorre entre pessoas de 25 a 49 anos.

Na América Central, México e Caribe Latino, assim como na região andina, há uma grande proporção de suicídios entre jovens de 10 a 24 anos. Reconhecemos que há elementos culturais que podem influenciar, como maior isolamento, solidão, menor coesão social - fatores que afetam a capacidade das pessoas de pedir ajuda. Também reconhecemos que violência, pobreza e outros determinantes sociais afetam a saúde mental. E, em alguns casos, isso pode levar a comportamentos suicidas. Quase metade dos países não possui um programa, plano ou estratégia nacional de prevenção ao suicídio.

RFI: Quais são os sinais que podem indicar risco de suicídio?

M. I.: Primeiro, é importante entender que pensamentos suicidas e ideias sobre a morte podem surgir em uma parte significativa da população, especialmente entre adultos jovens e adolescentes. Falar sobre suicídio não aumenta o risco, pelo contrário, aumenta a possibilidade de prevenção e de atendimento precoce. Se notarmos que um colega de trabalho, vizinho ou familiar está mais isolado do que o habitual, perdeu o interesse por atividades que antes gostava, demonstra claramente queda de ânimo e energia, além de alterações no sono e no apetite - e se esses sinais persistirem por mais de duas semanas - é importante que essa pessoa seja avaliada por um profissional de saúde para verificar seu estado de saúde mental.

A Opas lançou um programa multissetorial para reduzir a taxa de suicídios, com financiamento garantido para os próximos três anos.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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