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América Latina

ONU espera que número de mortos por furacão no Haiti não passe de 1.000

12 out 2016 - 21h13
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A ONU alertou nesta quarta-feira que o número de mortos pelo furacão Matthews no Haiti vai continuar subindo nos próximos dias, mas afirmou esperar que o total não ultrapasse a casa de 1.000.

Até o momento, as autoridades do país confirmaram um total de 473 vítimas, mas ainda há áreas que as equipes de resgate não conseguem chegar devido ao estado ruim das estradas.

"Certamente que esse número vai aumentar. Pessoalmente, não acredito que chegue a casa dos milhares. Acho que teremos um número de centenas de vítimas", afirmou o coordenador humanitário da ONU no Haiti, Mourad Wahba, em entrevista coletiva.

Wahba ressaltou que o Haiti está vivendo a maior crise humanitária desde o terremoto que arrasou o país em 2010. Segundo dados da ONU e do governo local, cerca de 175 mil pessoas estão em abrigos, mas a quantidade de haitianos que viu suas casas serem destruídas pelo terremoto é maior, pois muitos foram amparados por vizinhos ou continuam em seus imóveis protegidos por tendas.

O coordenador da ONU explicou que a maioria das principais estradas já foram abertas para permitir o fornecimento de ajuda humanitária, mas ainda é preciso realizar o mesmo trabalho em vias secundárias. Wahba, no entanto, elogiou o trabalho das autoridades haitianas na resposta ao furacão e a coordenação entre as diferentes organizações não governamentais que atuam no país.

Entre as prioridades, além da abertura de estradas, Wahba destacou especialmente o fornecimento de água potável e de sistemas de purificação para evitar a propagação de doenças.

A ONU afirmou que já foram detectadas centenas de casos de cólera e várias mortes provocadas por doenças similares.

Em todo o processo de assistência humanitária, a Agência da ONU para as Mulheres está trabalhando para garantir um acesso justo à ajuda, que muitas vezes é mais difícil para as mulheres e meninas, explicou à Agência Efe o representante do órgão no Haiti, Anthony Ngororano.

Apesar de não haver dados disponíveis, a ONU ressalta que mulheres e meninas são afetadas de forma "desproporcional" neste tipo de tragédia. Além disso, o risco de elas serem vítimas de abuso sexual se multiplica, segundo Ngororano.

Para a ONU Mulheres, também é de especial preocupação o colapso da infraestrutura econômica causado pelo furacão, sobretudo levando em conta que os mais afetados já estavam em situação vulnerável.

"Está claro que será um esforço de longo prazo. Precisamos de um apoio sustentado já que o furacão tornou uma situação difícil ainda pior", disse Ngororano, lembrando-se do terremoto de 2010.

Nesta semana, a ONU solicitou US$ 119 milhões para atender às necessidades mais urgentes no Haiti.

EFE   
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