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América Latina

Milhares vão às ruas exigir investigação da morte de Nisman

Manifestação contou com a presença do Prêmio Nobel da Paz e militante dos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel

5 fev 2015 - 00h57
(atualizado às 11h54)
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Uma mulher segura uma placa que diz "Somos todos Nisman" durante manifestação em frente ao Congresso argentino em Buenos Aires
Uma mulher segura uma placa que diz "Somos todos Nisman" durante manifestação em frente ao Congresso argentino em Buenos Aires
Foto: Marcos Brindicci / Reuters

Cerca de duas mil pessoas marcharam nesta quarta-feira em Buenos Aires, do Congresso até a Casa de Governo, para exigir o esclarecimento da morte do promotor Alberto Nisman, que apareceu morto em 18 de janeiro com um tiro na cabeça.

"Chega de impunidade", dizia um cartaz levado à frente da multidão, que incluiu o Prêmio Nobel da Paz e renomado militante dos direitos humanos Adolfo Pérez Esquivel e representantes de setores sindicais da oposição e de partidos de esquerda.

O promotor investigava o atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994. Nisman apareceu morto, quatro dias depois de denunciar a presidente Cristina Kirchner e outros funcionários de alto escalão do governo de acobertarem suspeitos iranianos, acusados de envolvimento no episódio.

"Não sabemos se Nisman se suicidou ou se 'foi suicidado'", disse Pérez Esquivel à AFP, insistindo na necessidade de continuar as investigações.

Argentinos marcham pela justiça e contra a impunidade no caso da morte do promotor Alberto Nisman, em Buenos Aires
Argentinos marcham pela justiça e contra a impunidade no caso da morte do promotor Alberto Nisman, em Buenos Aires
Foto: AP

No protesto, os ativistas também reivindicaram a criação, no Congresso Nacional, de uma comissão investigadora do atentado à Amia, que deixou 85 mortos e 300 feridos.

"Acho que vamos chegar à verdade, mas é preciso exigir dos deputados e senadores a criação de uma comissão investigadora independente e do governo que abra todos os arquivos de Inteligência", acrescentou Pérez Esquivel.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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