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América Latina

Guerrilheiro das Farc diz que desertou após ser obrigado a matar amigo

Chispa, como era conhecido entre os guerrilheiros, se entregou à Marinha Nacional

13 jul 2013 - 18h22
(atualizado às 18h52)
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Um guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desertou e se entregou à Marinha Nacional, no sul do país, alegando ter sido obrigado a assassinar um amigo. O nome do homem não foi divulgado, apenas que seu apelido é "Chispa", que pertencia a frente 48 das Farc e se entregou na cidade de Tagua.

Sua entrada na organização aconteceu aos 19 anos, e ele seria o encarregado de extorquir comerciantes e criadores de gado no sul do país, em nome do grupo paramilitar.

A decisão tomada por "Chispa" aconteceu depois que Robinson Cucarro, um dos líderes da frente 48, ordenou o julgamento de um jovem de 17 anos, que tinha perdido um fuzil usado em treinamentos, sendo condenado a morte.

"Quando todos os companheiros disseram que estavam de acordo que fuzilassem meu amigo, Robinson me perguntou e eu disse que não estava. Então ele tirou um revólver e disse: se não está de acordo, o senhor é quem deve matá-lo", segundo comunicado da Marinha.

Depois de matar o amigo na presença dos demais guerrilheiros, "Chispa" ainda foi obrigado a cavar uma cova para enterrar o corpo. "Era a primeira vez que tirava a vida de alguém", revelou. O ex-guerrilheiro passou quase três dias na selva, até que encontrou uma embarcação da Marinha e se entregou.

EFE   
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