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América Latina

Exército colombiano detém ações para viagem do líder das Farc a Cuba

6 abr 2013 - 16h04
(atualizado às 16h18)
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O exército suspendeu operações em uma região do sudoeste da Colômbia, supostamente para facilitar a saída de Pablo Catatumbo, um dos líderes da guerrilha das Farc que se uniria aos diálogos de paz em Cuba, confirmou uma fonte militar à AFP este sábado.

"Sim, foram suspensas as operações militares, mas não posso dar mais informação porque o assunto está sendo tratado pelo alto governo", disse por telefone um militar de alta patente responsável pela região e que pediu para ter sua identidade preservada.

O alto comando militar confirmou assim as informações da imprensa segundo as quais as operações militares foram suspensas desde a noite de sexta-feira até a tarde de domingo em uma ampla zona rural entre os departamentos (estados) de Valle e Cauca (sudoeste).

Segundo a imprensa, a interrupção das ações militares nesta região ocorreram para a saída da região do líder do bloco ocidental das Farc, aliás "Pablo Catatumbo", que se somaria às negociações de paz em Cuba.

Catatumbo, cujo nome verdadeiro é Jorge Torres Victoria, é um dos sete integrantes do secretariado (comando central) das Farc, que tem 8.000 combatentes e 48 anos de luta armada.

O governo não confirmou a operação de saída de Catatumbo e sua inclusão nas negociações.

Anteriormente, para permitir que os delegados das Farc viajassem a Cuba, a promotoria colombiana suspendeu as ordens de captura contra ele por diversos delitos.

Os delegados das Farc no diálogo de paz só estão autorizados a permanecer em Cuba ou na Noruega, países garantidores do processo.

Antes de ingressar nas Farc, Catatumbo fez parte da guerrilha nacionalista M-19, desmobilizada em 1990.

O governo do presidente Juan Manuel Santos (cetro-direita) e as comunistas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) negociam em Havana desde novembro passado uma agenda de cinco pontos para por fim ao conflito armado.

Os diálogos ocorrem sem a suspensão na Colômbia das ações das forças armadas contra as Farc e a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista, 2.500 integrantes), que não participa deste processo.

Os diálogos em Havana estão em recesso desde o fim de março e devem ser retomados a partir da terceira semana deste mês.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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