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América Latina

Esperanças de sobreviventes de terremoto no México diminuem

24 set 2017 - 11h21
(atualizado às 11h54)
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Equipes de resgate trabalham nas buscas por sobreviventes em prédio que desabou na Cidade do México após terremoto
Equipes de resgate trabalham nas buscas por sobreviventes em prédio que desabou na Cidade do México após terremoto
Foto: Reuters

Os trabalhadores de emergência procuram por sobreviventes com holofotes em edifícios esmagados pelo terremoto mais mortal do México em 32 anos, em meio a perspectivas esmorecidas de resgate, cinco noites após o desastre, enquanto o presidente Enrique Pena Nieto instou os mexicanos a voltarem sua atenção para a reconstrução do país.

A procura continuava em um prédio de escritórios arruinado no bairro Roma da Cidade do México e num prédio de cinco andares em Tlalpan depois do terremoto de 7,1 graus ter derrubado dezenas de edifícios e matado mais de 300 pessoas.

O tremor, o pior no México desde o terremoto de 1985 que matou milhares, pode ter deixado pelo menos 30 mil casas muito danificadas nos estados adjacentes de Morels e Puebla e gerou perdas de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões.

Mas as autoridades cancelaram os esforços na zona de classe média alta Linda Vista, depois de tirar dez corpos dos escombros, enquanto o trabalho no prédio de apartamentos em Tlalpan foi interrompido brevemente no sábado devido a um terremoto de magnitude 6,2 que sacudiu o sul do México e espalhou medo na capital.

"Em Tlalpan, ainda existe a possibilidade de encontrar pessoas vivas. É URGENTE", se lê em um meme transmitido no sábado nas redes sociais.

A resposta do governo ao desastre está sob minucioso escrutínio antes de uma eleição presidencial no próximo ano.

A frustração cresceu entre os milhares de pessoas desabrigadas pelo terremoto de terça-feira, com críticas dizendo que a reação do governo foi pálida em comparação com o apoio voluntário, do trabalho de resgate às doações de alimentos.

Quando o terremoto ocorreu na terça-feira, o México já tinha sofrido um terremoto em 7 de setembro que matou pelo menos 98 pessoas e foi o mais forte do país em 85 anos.

O novo tremor no sábado espalhou medo entre a população traumatizada do México, e uma nuvem de cinzas foi expelida do vulcão Popocatepetl em outro lembrete da geologia volátil do país.

O presidente Enrique Pena Nieto procurou devolver as críticas, destacando a ajuda do governo para os sobreviventes em uma turnê sábado em Jiquipilas, no pobre estado do sul de Chiapas, que foi atingido pelo terremoto de 7 de setembro.

"Tenha certeza que o governo federal está aqui, o estado e o governo local, dando suporte a você, mão a mão, para reconstruir", disse.

Mas muitos mexicanos desconfiam dos políticos que usam o terremoto para marcar pontos políticos, antes das eleições de 2018 que são vistas como um referendo sobre o recorde parcial do Partido Revolucionário Institucional desde o retorno ao poder em 2012.

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