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América Latina

Argentina elege presidente e renova parlamento em pleito geral

22 out 2015 - 20h50
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A Argentina realizará no próximo domingo um pleito geral para escolher presidente, 11 governadores e renovar metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado, além de votar pela primeira vez nos parlamentares do Mercosul.

O total de aspirantes à presidência na eleição é de seis - o menor número de candidaturas desde o retorno à democracia ao país, em 1983. Além disso, todas as chapas presidenciais concorrem com alianças na última etapa democrática pela primeira vez.

Cerca de 32 milhões de pessoas estão convocadas a votar nas 95 mil mesas mistas, distribuídas em 13.880 centros de votação.

Os cidadãos votarão nos candidatos para presidente e vice-presidente, 130 deputados, 24 senadores e 11 governadores, entre eles o da província de Buenos Aires, o maior distrito eleitoral do país e tradicional reduto peronista.

A novidade deste pleito será a escolha de legisladores para o parlamento do Mercosul, 19 de nível nacional e 24 em representação de cada uma das províncias argentinas, mais a capital do país.

A Argentina é o único país onde, para ganhar no primeiro turno, um candidato deve reunir 45% do total de votos ou 40% com dez pontos percentuais de diferença sobre o segundo colocado. Caso contrário, haverá um segundo turno, em 22 de novembro, pela primeira vez.

A representação na Câmara dos Deputados será distribuída entre as legendas que superarem 3% dos votos.

No caso do Senado, o partido mais votado ficará com os dois senadores pela maioria, enquanto o segundo colocado obterá a representação pela minoria.

O voto nas eleições gerais é obrigatório para os argentinos de 18 a 75 anos e facultativo para os jovens de 16 e 17 anos.

Na Argentina se vota com cédulas de papel, que são introduzidas em uma urna de papelão em cada mesa de votação. Os candidatos foram definidos nas eleições primárias abertas, obrigatórias e simultâneas realizadas em 9 de agosto.

Os partidos políticos que concorrem nas eleições nacionais devem obter nas primárias pelo menos 1,5% dos votos válidos no distrito para a categoria de cargo na qual pretendiam competir. Naquele pleito concorreram 15 pré-candidatos à presidência, dos quais nove foram eliminados, seja porque perderam as internas dentro de sua própria coligação ou porque, até como únicos postulantes dentro de seu espaço político, não reuniram os votos necessários para concorrer no próximo domingo.

As principais chapas são a da governante Frente para a Vitória - liderada pelo governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, que concorre à presidência, e o secretário de Legal e Técnica da presidência, Carlos Zannini, seu candidato a vice - e a da frente conservadora Mudemos, liderada pelo prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, com a senadora Gabriela Michetti como candidata a vice-presidente.

Também concorrem a chapa de Unidos por uma Nova Alternativa (UNA), integrada pelo deputado Sergio Massa e o prefeito eleito de Salta, Gustavo Sáenz, e a Frente Progressista, liderada pela deputada Margarita Stolbizer, com o radical Miguel Ángel Olaviaga como companheiro de chapa.

Completam a lista de candidaturas as coligações Compromisso Federal (peronismo dissidente), com o ex-presidente interino da Argentina (2001) Adolfo Rodríguez Saá, e a senadora Liliana Negre de Alonso como candidata a vice-presidente; e a Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, com Nicolás del Caño como candidato a presidente e Myriam Bregman como companheira de chapa.

EFE   
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