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África

Nigéria diz estar pronta para negociar liberdade de raptadas

Anteriormente, governo nigeriano havia negado possibilidade de negociação com grupo terrorista

13 mai 2014 - 14h56
(atualizado às 14h58)
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<p>Jovens sequestradas em abril aparecem em imagem; grupo pede presos em troca de soltar as raptadas</p>
Jovens sequestradas em abril aparecem em imagem; grupo pede presos em troca de soltar as raptadas
Foto: AFP

Numa aparente mudança de postura, o governo da Nigéria indicou que está pronto para negociar com militantes islâmicos do grupo Boko Haram a eventual libertação de mais de 200 estudantes sequestradas no dia 14 de abril.

Na segunda-feira, o Boko Haram divulgou um vídeo que mostra 130 das vítimas recitando versos do Corão. O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau - que havia afirmado anteriormente que poderia vender as estudantes - , disse no vídeo que as jovens sequestradas não convertidas ao Islã poderiam ser trocadas por combatentes do grupo mantidos prisioneiros pelo governo.

O ministro de assuntos especiais, Tanimu Turaki - que preside um grupo especial criado pelo presidente Goodluck Jonathan para chegar a um acordo com o Boko Haram -, disse ao programa da BBC Focus on Africa que se Shekau foi sincero, ele deveria então enviar representantes para se encontrar o comitê de reconciliação e negociar.

Ele afirmou que "o diálogo é uma opção chave" para levar a crise a um fim e que "um assunto dessa natureza pode ser resolvido sem violência".

Estado de emergência

<p>Novo vídeo publicado pelo grupo pede libertação de presos islâmicos em troca de jovens sequestradas</p>
Novo vídeo publicado pelo grupo pede libertação de presos islâmicos em troca de jovens sequestradas
Foto: AFP
O diretor da agência de informações do governo Mike Omeri disse na segunda-feira que as autoridades usariam "qualquer tipo de ação" para libertar as vítimas, inclusive uma operação militar, com ajuda estrangeira.

Por sua vez, a agência de notícias da Nigéria informou que o presidente Goodluck Jonathan pediu nesta terça-feira ao Congresso que aprove a extensão por mais seis meses do estado de emergência no Estado de Borno - local onde as vítimas foram raptadas, no nordeste do país - e em dois outros Estados.

O governador de Borno, Kashim Shettima, disse que todas as jovens que aparecem no vídeo divulgado na segunda-feira foram identificadas como estudantes da Escola da cidade de Chibok que haviam sido sequestradas.

Os familiares delas disseram que a maioria delas são cristãs.

Pressão

Enquanto isso cresce a pressão internacional sobre as autoridades da Nigéria para tomar providências a fim de resgatar as vítimas.

Manifestações populares estão sendo realizadas em frente a representações nigerianas em diversos países.

Os Estados Unidos afirmaram que estão realizando voos de vigilância sobre a Nigéria para tentar encontrar as garotas desaparecidas.

Uma equipe de 30 especialistas americanos - membros do FBI (polícia federal dos Estados Unidos) da Defesa e do Departamento de Estado - está no país para auxiliar autoridades nigerianas. Uma unidade contraterrorista israelense também estaria a caminho.

Foto: Arte Terra

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