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África

Líbia: coronel anuncia 'suspensão' do Parlamento após ataque

Ministro da Justiça disse que houve dois mortos e 55 feridos em um ataque ao Parlamento neste domingo

18 mai 2014 - 20h38
(atualizado às 20h42)
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<p>Veículos com artilharia pesada das forças de segurança conjunta Tripoli aproximam-se do edifício do parlamento neste domingo</p>
Veículos com artilharia pesada das forças de segurança conjunta Tripoli aproximam-se do edifício do parlamento neste domingo
Foto: AP

Um coronel que se identificou como porta-voz do Exército anunciou neste domingo, na TV líbia, a suspensão do Congresso Geral Nacional (CGN), a mais alta autoridade da Líbia.

Também neste domingo, o ministro da Justiça informou que houve dois mortos e 55 feridos em um ataque ao Parlamento.

"Nós, membros do Exército e revolucionários (ex-rebeldes), anunciamos a suspensão do CGN", declarou o coronel Mokhtar Fernana, apresentado como comandante da Polícia Militar, em mensagem em dois canais privados de televisão.

O coronel Fernana, natural da cidade de Zenten (170 km a sudoeste de Trípoli), não precisou a origem da decisão de "suspender" do Parlamento, já que o Exército regular líbio está inoperante desde a queda do ditador Muammar Kadhafi, em 2011.

Após o anúncio de Fernana, o canal Libya International foi alvo de um ataque com foguetes. "Ao menos quatro foguetes atingiram a sede do canal, provocando danos materiais mas sem deixar vítimas", disse um jornalista, que pediu para não ser identificado.

Durante o dia, brigadas de ex-rebeldes de Zenten - que lutaram na revolta contra Kadhafi - atacaram a sede do CGN e se envolveram em combates com milícias rivais na estrada para o aeroporto de Trípoli.

"Afirmamos que os acontecimentos de hoje em Trípoli não têm por objetivo um golpe de Estado", declarou Fernana - de uniforme militar - na TV.

Em fevereiro, as brigadas de Zenten deram ao CGN um ultimato para a entrega do poder, mas a ameaça não foi concluída.

Neste sentido, Salah Al-Marghanisa afirmou neste domingo que o ataque ao Parlamento não tem qualquer relação com a ofensiva paramilitar que nos últimos dois dias deixou 79 mortos na cidade de Benghazi.

A ação em Benghazi, no leste da Líbia, liderada pelo general Khalifa Haftar, visaria os grupos islâmicos armados que dominam a cidade, mas na véspera foi qualificada pelo próprio governo em Trípoli de tentativa de golpe de Estado.

Haftar, um general da reserva que participou da revolta contra o regime de Kadhafi, lançou na sexta-feira uma operação contra grupos que qualificou de "terroristas" em Benghazi, feudo de numerosas milícias islâmicas muito bem armadas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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