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África

Chifres de rinoceronte avaliados em US$5,2 mi são roubados

Ladrões invadiram agência de parques e turismo, arrombaram um cofre e levaram 112 chifres, pesando 80,1 quilos

22 abr 2014 - 16h00
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<p>A caça de rinocerontes por causa de seus chifres é um problema cada vez maior na África do Sul e um negócio lucrativo para grupos de crime organizado</p>
A caça de rinocerontes por causa de seus chifres é um problema cada vez maior na África do Sul e um negócio lucrativo para grupos de crime organizado
Foto: Reuters

Estoques de chifres de rinocerontes avaliados em mais de 5,2 milhões de dólares foram roubados de uma reserva natural sul-africana, afirmou a agência de turismo afetada nesta terça-feira, no primeiro roubo do tipo já registrado.

Ladrões invadiram na segunda-feira a agência de parques e turismo Mpumalanga, arrombaram um cofre e fugiram com 112 chifres de rinoceronte, pesando 80,1 quilos.

"É a primeira vez que houve uma invasão em nossas propriedades, foi uma ação obviamente planejada", disse a porta-voz do parque, Kholofelo Nkambule.

Marfim de elefantes, rifles e munição que se encontravam no mesmo cofre foram deixados intocados, informou Nkambule.

A caça a rinocerontes por causa de seus chifres é um problema cada vez maior na África do Sul e um negócio lucrativo para grupos de crime organizado, mas é incomum que ladrões roubem estoques.

Nos últimos anos, o maior mercado para chifres de rinocerontes ilegais tem sido o Vietnã, onde o produto é vendido em farmácias e na Internet por cerca de 65.000 dólares o quilo, preço mais caro do que ouro, platina ou cocaína.

Mais de 1.000 rinocerontes foram mortos no ano passado por causa de seus chifres na África do Sul, um aumento de 50 por cento em relação ao ano anterior, disse um departamento estatal em janeiro.

A maior parte das mortes de rinocerontes ocorre no Parque Nacional Kruger, na província de Mpumalanga.

"É assustador, estamos acostumados a pessoas que matam rinocerontes na mata, mas nunca tivemos uma situação em que chifres foram roubados de um estoque", disse Ray Thakuli, porta-voz do departamento de parques nacionais da África do Sul.

"Nós nunca tivemos uma situação como essa na África do Sul, é a primeira vez na história... em parques privado ou público."

Ninguém relacionado ao roubo chegou a ser preso e o porta-voz para o órgão nacional de investigações especiais, o Hawks, disse não "descartar a possibilidade de terem sido funcionários".

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