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Mãe perde guarda da filha uma hora após o parto e caso gera protestos internacionais

Mãe perde a guarda da filha apenas uma hora após o parto e o caso promove protestos internacionais de ativistas de direitos humanos; veja

25 ago 2025 - 15h14
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Um episódio ocorrido na Dinamarca vem gerando comoção e críticas de ativistas de direitos humanos. Ivana Nikoline Brønlund, jovem de 18 anos nascida em Nuuk, capital da Groenlândia, teve seu bebê retirado de seus braços apenas uma hora depois do nascimento. A medida foi tomada após ela falhar em um "teste de competência parental", avaliação que já está proibida para pessoas de origem groenlandesa desde maio deste ano.

Reprodução/Ivana Nikoline Brønlund
Reprodução/Ivana Nikoline Brønlund
Foto: Contigo

O que seria esse teste?

Um "teste" de competência parental não é um teste no sentido tradicional, mas sim uma avaliação da capacidade dos pais para garantir o bem-estar e as necessidades de seus filhos. Essa avaliação pode ser feita através de escalas de autorrelato, como a Escala de Senso de Competência Parental (PSOC), que mede a eficácia e satisfação percebidas pelos pais, e por observações diretas de profissionais. 

Como tudo aconteceu?

Ivana deu à luz Aviaja-Luuna no dia 11 de agosto, em um hospital localizado em Hvidovre, na região de Høje-Taastrup, próxima a Copenhague, onde vive com os pais. Segundo informações divulgadas pelo jornal The Guardian, após o parto, a prefeitura local encaminhou a recém-nascida a um lar temporário e permitiu à mãe britânica apenas alguns minutos de contato com a filha.

Os chamados testes de competência parental, conhecidos como FKU, foram alvo de críticas por anos por serem considerados culturalmente inadequados para famílias inuítes. Após intensa pressão de entidades e ativistas, a prática foi proibida para pessoas de origem groenlandesa. O caso de Ivana levantou questionamentos sobre o motivo de ela ter sido submetida ao teste, já que a prisão estava em vigor antes do nascimento de sua filha.

"Eu não queria entrar no trabalho de parto porque sabia o que aconteceria depois. Eu mantinha meu bebê perto de mim enquanto ela estava na minha barriga, era o mais perto que eu pudesse estar dela. Foi um momento muito difícil e horrível", desabafou Ivana. "Meu coração se partiu quando ela [a supervisora] disse que o tempo tinha acabado. Fiquei tão triste que gritei para o carro [que levava a filha]. Foi tão rápido que tivemos que ir embora. Meu coração está partido, não sei o que fazer sem ela", disse, chorando.

Declarações oficiais

A ministra de Assuntos Sociais da Dinamarca, Sophie Hæstorp Andersen, declarou preocupação com as denúncias e esclarecimentos solícitos à prefeitura de Høje-Taastrup. O caso provocou manifestações não apenas na Groenlândia e na Dinamarca, mas também na Islândia e na Irlanda do Norte.

Inicialmente, as autoridades locais afirmaram que Ivana "não é groenlandesa o suficiente" para ter direito à nova lei, apesar de ela ser filha de pais groenlandeses e ter nascido no território. Posteriormente, o município admitiu "falhas" e prometeu buscar "a melhor solução possível" para a jovem e sua filha.

Sobre Ivana

Ivana, atleta de handebol que já integrou as seleções da base da Groenlândia, foi informada semanas antes do parto que perderia a guarda da filha devido a traumas causados pelo pai adotivo, presos por abuso sexual. "Parece que você não tem permissão para ter um trauma se vai ser mãe", criticou Gitte, mãe adotiva de Ivana, que é meio groenlandesa e viveu no território até os 37 anos.

Hoje, a jovem pode ver Aviaja-Luuna apenas uma vez a cada duas semanas, por duas horas e sob supervisão. O recurso sobre o caso será analisado pela Justiça Dinamarquesa em 16 de setembro.

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