Mãe de Vitória relembra desaparecimento da filha: 'Angustiante'
Mãe de Vitória fala sobre desaparecimento da filha um mês após início da investigação
Sandra Regina, mãe de Vitória Regina de Sousa, adolescente morta aos 17 anos após desaparecer no dia 28 de fevereiro, lamenta falta da filha um mês após o corpo ser encontrado pela polícia em uma área de mata no município de Cajamar, na Grande São Paulo.
Em entrevista ao Brasil Urgente, da Band, a matriarca relembrou a semana em que a filha ficou desaparecida. "Foi a mais angustiante, a mais triste, principalmente porque eu ficava indo pro quarto [dela] e saindo, passando pela porta que ela sempre abriu e agora não vai mais", contou.
Vitória foi encontrada uma semana depois com a cabeça raspada, sinais de violência física, perfurações por arma branca em diferentes partes do corpo e sem roupa. Até o momento, apenas um suspeito do crime está preso preventivamente.
Maicol Sales dos Santos foi detido no início das investigações após fortes evidências de sua participação no crime descobertas pela polícia. Investigadores encontraram sangue humano no banheiro da casa do suspeito e enviaram o material para ser confrontado com o da vítima.
Além do sangue no banheiro, os agentes encontraram sangue no carro usado pelo suspeito. Os laudos ainda não foram concluídos e devem ajudar a desvendar a suposta participação do preso no crime que vitimou a adolescente.
No dia em que desapareceu, Vitória relatou para uma amiga que estava sendo seguida. "Passou os cara no carro e eles falou: 'E aí, vida? Tá voltando?'. Ai, meu Deus do céu, vou chorar. Vou mexendo no celular. Não vou nem ligar pra eles", disse ela em uma mensagem. Em seguida, enviou outra: "Ah, deu tudo certo. Eles entraram pra dentro da favela. Uh... saiu até lágrima dos meus zóio [olho] agora. Nossa, até me arrepiei".
No relato, Vitória disse que ficou sem reação ao perceber que o veículo estava voltando na sua direção em Cajamar. "A hora que eles passaram lá do outro lado e falaram, 'aê, vida'... aí eles voltou, fio, pra quê... falei: pronto, esses menino vai voltar aqui. Mas aí eles entraram ali na favela. Acontece essas coisas eu não consigo correr. Eu paraliso. Eu não sei o que eu faço. Eu não consigo correr. Eu fico parada".