Mãe de Eliza Samudio defende relação do neto com o pai: 'A gente não sabe do dia de amanhã'
Dona Sônia, mãe de Eliza Samudio, surpreendeu ao demonstrar apoio a uma possível relação do neto, Bruninho, com o pai, Bruno
Nos últimos dias, ganhou repercussão uma entrevista de Dona Sônia, mãe de Eliza Samudio, na qual ela aconselha o neto Bruninho, de 15 anos, a manter uma relação com o pai, Bruno, condenado pelo assassinato da jovem. A fala chamou atenção pela postura de resiliência diante da história trágica que marcou a família. Bruninho, que joga no Botafogo, foi recentemente convocado pela terceira vez para as categorias de base da Seleção Brasileira.
Apoiou a relação com o pai?
Em entrevista ao canal Cartoloucos, Dona Sônia disse: "Se um dia ele (o Bruno) precisar de você, eu falei assim: a gente não sabe do dia de amanhã, a velhice chega para todos, e você tem que ajudar. Faça o contrário do que ele fez. Não pague com a mesma moeda", mostrando força e empatia.
Recentemente, Sônia recebeu os pertences que pertenceram à filha, assassinada em 2010, aos 25 anos. Os itens estavam sob custódia da Justiça para investigação e incluem um par de sandálias, óculos escuros e a carteira de Eliza, estampada com a foto do filho dela, Bruninho. Também constam fraldas descartáveis do neto, mas que Sônia preferiu não aceitar.
Sônia lembrou através das redes sociais que, após 15 anos, receber estes objetos é como se o tempo não tivesse passado. "Depois de 15 anos de espera, na esperança de encontrar seus restos mortais, o que a Justiça me devolveu foram esses objetos da Eliza. Ter esses itens em minhas mãos é como se o tempo não tivesse passado. A dor continua tão intensa, tão crua. Tenho vivo em minha memória cada gesto seu", escreveu em seu instagram.
Em entrevista ao Extra, ela revelou que já havia recebido anteriormente o computador de Eliza, mas ainda não teve coragem de abrir. Nele estariam álbuns de fotos, conversas com amigas e com o ex‑goleiro Bruno Fernandes (pai de Bruninho). Por enquanto, apenas sua advogada e um técnico de confiança visualizaram o conteúdo.
"Tem muita conversa, tem muitas fotos, conversas de amigas… A Dr. Mônica (advogada) me perguntou se abri o computador, mas do jeito que estava embalado quando chegou, ficou. Se eu mesma for abrir, meu psicológico não está muito preparado pra isso. Não sei como vou reagir quando chegar os objetos dela e eu tiver que abrir", disse Sônia.
Em seguida, a mãe de Eliza disse que a dor da perda nunca irá ter fim. "A dor da partida de quem amamos é uma ferida que nunca fecha completamente. É como se uma parte de nós tivesse sido arrancada, deixando um vazio que ecoa em cada momento. A saudade é uma presença constante, uma sombra que me acompanha em cada passo meu. Mas foi nessa dor que encontrei forças para seguir, a dor nunca vai embora, eu aprendi viver com ela e carrego comigo as suas melhores lembranças".
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