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Lula diz que Bolsonaro 'não teve coragem' e promete mudar política de preços da Petrobras, se eleito

Ex-presidente afirmou que pretende abolir o Preço de Paridade de Importação e retomar o modelo de gestão da era PT

27 jul 2022 - 14h06
(atualizado às 14h15)
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O ex-presidente Lula
O ex-presidente Lula
Foto: Washington Alves / Reuters

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira, 27, que pretende mudar a política da Petrobras e abolir o modelo de Preço de Paridade de Importação (PPI), se for eleito em outubro. Segundo o petista, o presidente Jair Bolsonaro (PL) "não teve coragem" de tomar medidas para reduzir o preço do combustível que sai das refinarias.

"Essa história de PPI é para agradar os acionistas, em detrimento dos 230 milhões de brasileiros", afirmou, em entrevista ao UOL. A estatal, porém, tem como maior acionista a União. "A gente pode reduzir o preço, sim, o presidente não teve coragem", completou.

O petista voltou a argumentar que o País poderia ser "autossuficiente" na produção de derivados do petróleo e defendeu tornar a estatal "senão a primeira, a segunda maior empresa petroleira do mundo". A Petrobras passou a trabalhar com alinhamento de preços ao mercado internacional a partir do governo de Michel Temer, que desfez a política de preços controlados de Dilma Rousseff (PT).

Petrobras passou a adotar modelo de alinhamento de preços ao mercado internacional a partir do governo de Michel Temer. Foto: Fabio Motta/Estadão

Lula tem defendido retornar o modelo de gestão adotado para a estatal na gestão do PT. O ex-presidente costuma argumentar que a população "ganha em real e gasta em real" e, por isso, o preço dos combustíveis não deveria ficar suscetível às flutuações do câmbio.

Outra alegação frequente do presidente é de que o País é "autossuficiente" em petróleo, mas carece de refinarias para abastecer o mercado interno. Nesta quarta-feira, na entrevista que concedeu ao UOL, disse: "Um país que é autossuficiente em petróleo, que poderia estar exportando derivado, não tem capacidade de refinar a quantidade de consumo que nós precisamos (...) É uma vergonha".

Estadão
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