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Lula define operação no Rio como "desastrosa"

Durante uma entrevista concedida a agências internacionais de notícias (Associated Press e Reuters), o presidente, em viagem a Belém (PA), descreveu o resultado da operação como "matança"

4 nov 2025 - 20h08
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O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou-se na última terça-feira (4) sobre a operação policial no Rio de Janeiro que ocorreu na semana anterior, resultando na morte de 121 pessoas, incluindo quatro agentes de segurança. O Chefe do Executivo Federal defendeu a inclusão de legistas da Polícia Federal (PF) no processo de investigação das mortes.

Presidente Lula
Presidente Lula
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Perfil Brasil

Durante uma entrevista concedida a agências internacionais de notícias (Associated Press e Reuters), o presidente, em viagem a Belém (PA), descreveu o resultado da operação como "matança" e classificou a ação como "desastrosa" do ponto de vista da atuação estatal.

A operação, realizada na terça-feira anterior (28) pelo governo do Rio de Janeiro, teve como alvo a facção criminosa Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha. O número de mortes fez com que fosse considerada a operação mais letal da história do estado.

O Presidente da República levantou dúvidas sobre a execução da ação, apontando que a ordem judicial emitida era para prisão, e não uma "ordem de matança".

"Vamos ver se a gente consegue fazer essa investigação. Porque a decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança, e houve matança", afirmou Lula.

Ele explicou que a administração federal está trabalhando para que os legistas da Polícia Federal (PF) possam integrar o processo de investigação sobre as mortes ocorridas durante a atividade policial. Esta articulação visa apurar as circunstâncias da ação.

"Nós estamos tentando essa investigação. Inclusive estamos tentando ver se é possível os legistas da policia federal participarem do processo de investigação da morte, como é que foi feito, porque tem muitos discursos, tem muita coisa", complementou o presidente, argumentando a necessidade de verificar se a operação ocorreu conforme as informações divulgadas pelas autoridades estaduais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou uma audiência para a quarta-feira seguinte (5) para discutir o caso da operação policial.

Em contraste com a posição do presidente, o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), declarou no dia seguinte à operação que a ação "foi um sucesso" e que as únicas baixas eram os quatro policiais mortos nos confrontos.

O caso gerou mobilização no governo federal, com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública), Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e Anielle Franco (Igualdade Racial) viajando ao Rio de Janeiro na semana da operação para se encontrarem com o governador estadual. O governador Castro também esteve em Brasília na mesma terça-feira em que o presidente se manifestou, para tratar de ações relacionadas ao tema.

Anteriormente, o presidente havia se manifestado nas redes sociais após a ação, defendendo o combate ao crime organizado e a proteção de inocentes, mas sem fazer críticas diretas à atuação das forças de segurança estaduais. Ele também tem defendido projetos federais, como a PEC da Segurança Pública e o Projeto Antifacção, que visam o fortalecimento do combate integrado ao crime organizado.

Perfil Brasil
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