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Guilherme Mazieiro

PF vê “vulnerabilidade total” em segurança de Lula após Mauro Cid receber informes do GSI

Cid recebeu, indevidamente, e-mails com informações detalhadas da segurança presidencial, como itinerário e veículos da escolta

10 ago 2023 - 10h12
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O tenente-coronel Mauro Cid
O tenente-coronel Mauro Cid
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A revelação de que o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, recebia informes com detalhes do esquema de segurança do presidente Lula (PT) gerou incômodo na Polícia Federal. A falha do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) é vista como uma “vulnerabilidade total” e que “fragiliza muito” o trabalho de proteção ao presidente.

Essa percepção foi compartilhada à coluna, sob reserva, por uma fonte da PF que acompanha de perto o esquema de segurança presidencial. Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles, mesmo sem qualquer função relativa à segurança de Lula, Cid recebia e-mails com informações de itinerário, veículos da escolta, horário de chegada e responsável pela segurança do petista durante as agendas. 

Somente após a publicação da notícia pela imprensa, o GSI decidiu afastar os responsáveis pelo envio das informações, um militar do Exército e dois da Marinha, e abrir sindicância para apurar o caso. 

Os e-mails foram descobertos pelos parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques do dia 8 de janeiro e quebraram o sigilo das comunicações de Mauro Cid.

Desde o final de junho, Lula determinou que a segurança fosse coordenada pelos militares do GSI com participação da PF, em um modelo híbrido. A mudança incomodou os policiais. Na semana passada, a PF prendeu um fazendeiro que teria ameaçado dar um “tiro na barriga” de Lula durante viagem ao Pará. O esquema de segurança foi reforçado.

Ainda que exista o modelo híbrido, a primeira-dama, Janja da Silva, preferiu não abrir mão dos policiais na sua segurança, afastando os militares.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
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