Script = https://s1.trrsf.com/update-1730403943/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Guilherme Mazieiro

GSI e PF reforçam segurança de Lula após suspeita de atentado a tiros

Esquema conta com 300 policiais e Forças Armadas desde semana passada, quando um suspeito foi preso por ameaçar atirar na barriga de Lula

7 ago 2023 - 13h01
Compartilhar
Exibir comentários
Após reclamar da segurança, Lula desce do palco e abraça apoiadores em Parintins (PA), na quinta, 3
Após reclamar da segurança, Lula desce do palco e abraça apoiadores em Parintins (PA), na quinta, 3
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Desde quinta-feira, 3, a segurança do presidente Lula (PT) foi reforçada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e pela Polícia Federal (PF). O petista participa da Cúpula da Amazônia e cumpre agendas em cidades do Pará. O aumento na segurança acontece após um fazendeiro ser preso pela PF em Santarém (PA), suspeito de ameaçar “dar um tiro na barriga do presidente” durante passagem pela região.

Uma praia em Alter do Chão (PA) foi isolada na manhã de domingo, 6, durante um banho de rio do presidente. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, banhistas foram retirados do local por seguranças. Uma fonte relatou à coluna que o presidente se incomodou com o esquema rígido de segurança e reclamou da situação com auxiliares.

O delegado Denis Colares, chefe da Coordenação de Proteção à Pessoa da PF, disse ao Poder360 que a operação voltada para segurança nos dias 8 e 9, em Belém, reunirá cerca de 300 policiais e terá com o apoio das Forças Armadas e de autoridades ligadas ao governo do Estado e da capital paraense. Os órgãos de segurança do Pará suspenderam as férias do efetivo de 1º a 10 de agosto.

Lula se banha no Rio Tapajós no domingo, 6. Praia foi isolada durante presença do presidente
Lula se banha no Rio Tapajós no domingo, 6. Praia foi isolada durante presença do presidente
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência

Em evento em Santarém, nesta segunda, 7, o presidente falou sobre o suspeito de ameaçar atirar contra ele e disse que "cão que ladra não morde". “Qualquer cidadão que ficar fazendo bravata na rua ‘eu mato, eu pego, eu bato, eu atiro’ vai ser chamado à delegacia para colocar um depoimento. as pessoas têm o direito de falar a bobagem que quiser, mas não têm o direito de ofender os outros”, disse Lula. Logo em seguida, desceu do palco e por cerca de 15 minutos tirou fotos e cumprimentou apoiadores.

Na quinta-feira, em Parintins (PA), Lula já tinha citado o episódio do fazendeiro e se queixado do esquema durante evento para relançar o programa Luz Para Todos

“Mulheres, homens e crianças nas ruas fazendo um sacrifício enorme para olhar, se conseguia enxergar a gente e eu dentro de um carro como se tivesse dentro de um presídio. Quero pedir desculpas para vocês, de coração. Isso não se repetirá”, afirmou em evento em Parintins, na quinta, 3. Na ocasião, ele também desceu do palco para tirar fotos com os apoiadores.

Procurado pela coluna, o GSI, responsável por coordenar a segurança presidencial com auxílio da PF, se limitou a dizer que é normal a segurança do presidente sempre se adaptar às situações de cada evento que ele participa.  

Fazendeiro preso

O suspeito, Arilson Strapasson é um fazendeiro e segundo a PF teria ligação com o garimpo. Ele foi preso na sexta-feira, 3. Segundo a PF, no dia anterior, Strapasson teria feito a ameaça enquanto comprava bebidas em uma loja e tentava descobrir onde o presidente se hospedaria. Um inquérito foi aberto depois que testemunhas denunciaram o ocorrido.

Ele disse que participou dos atos golpistas do dia 8 de janeiro, em Brasília, e que foi um dos invasores da Câmara dos Deputados. A PF informou que ele relatou ter participado das manifestações em frente ao 8º Batalhão de Engenharia de Construção em Santarém, “durante 60 dias ininterruptos e que, inclusive, financiou a manifestação com R$1.000,00 todos os dias”.

O suspeito pode responder pelos crimes de ameaça e incitação ou preparo de atentado contra pessoa por motivos políticos.

Ele conseguiu liberdade provisória na sexta, 4. A defesa disse que o fazendeiro “fez um comentário” e que não houve “tom de ameaça”.

Fonte: Guilherme Mazieiro Guilherme Mazieiro é repórter e cobre política em Brasília (DF). Já trabalhou nas redações de O Estado de S. Paulo, EPTV/Globo Campinas, UOL e The Intercept Brasil. Formado em jornalismo na Puc-Campinas, com especialização em Gestão Pública e Governo na Unicamp. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. 
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade