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Ex-comandante da Marinha confirma reunião com Bolsonaro, mas nega minuta do golpe

10 jun 2025 - 10h50
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Durante oitiva no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (10), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier confirmou ter participado de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), onde foi discutida a possibilidade de decretar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO) com foco em segurança pública. Garnier negou, contudo, que tenha havido qualquer discussão sobre uma "minuta" ligada a uma tentativa de golpe.

Almirante de esquadra Almir Garnier, ex
Almirante de esquadra Almir Garnier, ex
Foto: comandante da Marinha - Reprodução/YouTube Rádio e TV Justiça / Perfil Brasil

"Houve a apresentação de alguns tópicos de considerações que poderiam levar, talvez - não foi decidido isso naquele dia -, a decretação de uma GLO ou de necessidades adicionais visando a segurança pública", disse Garnier durante o depoimento.

A sessão no STF integra o inquérito que investiga uma possível articulação golpista após o resultado das eleições de 2022. Segundo Garnier, o que se viu na reunião foi apenas uma "apresentação na tela de um computador", sem qualquer tipo de documento formal.

"Quando você fala em minuta, eu penso em documento, em papel que é entregue. Eu não recebi esse tipo de documento", completou o ex-comandante.

Versões sobre atuação de ex-comandante divergem entre militares

É possível que Garnier tenha assumido um papel mais ativo do que admitiu? Essa é uma das questões que surgem a partir da diferença entre os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas. O ex-comandante do Exército Freire Gomes e o da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Júnior apresentaram versões distintas ao STF sobre a conduta de Garnier.

Segundo Baptista Júnior, Garnier teria colocado tropas à disposição de Bolsonaro, interpretado como apoio explícito ao plano golpista. Já Freire Gomes minimizou a atitude, afirmando não ter visto conluio - apesar de ter relatado o contrário à Polícia Federal em momento anterior.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que Garnier foi o único militar da ativa a aderir ao plano de ruptura institucional.

A oitiva do ex-comandante é parte de uma série de depoimentos colhidos nesta semana pelo STF. O primeiro a ser ouvido foi o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, na segunda-feira (9). Ele declarou que Bolsonaro teria recebido e modificado a chamada "minuta do golpe".

Na sequência, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também prestou depoimento. Ele negou a existência de um grupo de trabalho voltado a investigar as urnas eletrônicas usadas nas eleições.

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