'Estadão Verifica' reduz alcance de mensagens fraudulentas nas redes sociais
Núcleo de checagem de fatos combate ondas de desinformação em parceria com plataformas
Nos seus quatro anos de existência, completados neste mês de junho, o Estadão Verifica fez checagens que reduziram o alcance de dezenas de milhões de mensagens fraudulentas em redes sociais.
O núcleo de checagem de fatos do Estadão tem parcerias com plataformas como Facebook, Instagram, WhatsApp, TikTok e Telegram para monitorar e combater ondas de desinformação.
No momento, uma das prioridades do núcleo é a checagem de mensagens que promovem a falsa ideia de que as urnas eletrônicas são "hackeáveis" pela internet ou com o uso de pen drives. As tentativas do presidente Jair Bolsonaro de deslegitimar o processo eleitoral funcionam como um catalisador da desinformação sobre as urnas: a cada ataque do presidente, é notável o aumento do volume de mensagens fraudulentas em circulação.
Cerca de 700 boatos sobre a pandemia de covid-19 já foram desmentidos por nossas checagens. As mensagens distorciam fatos sobre o coronavírus, a vacinação e os tratamentos da doença. Um em cada quatro dos conteúdos verificados sobre a pandemia trazia informações enganosas sobre vacinas. Um em cada cinco continha falsidades sobre o chamado "tratamento precoce".
O Estadão Verifica tem canais no WhatsApp e no Telegram por onde leitores e usuários de redes sociais podem solicitar as checagens. Foto: Ivan Radic
Há canais no WhatsApp (número 11 97683-7490) e no Telegram (link t.me/estadaoverifica) por onde leitores e usuários de redes sociais podem solicitar checagens de textos, vídeos, fotos e áudios ou fazer perguntas sobre conteúdos suspeitos. Se a peça em questão já tiver sido verificada por nossa equipe, a resposta é automática e chega em segundos.
O Verifica é, desde 2019, signatário do código de princípios estabelecidos pela organização International Fact Checking Network (IFCN). Isso significa que respeita os compromissos de apartidarismo e imparcialidade; transparência em relação a fontes, financiamento e metodologia; e aplicação de uma política de correções clara e abrangente em caso de erros.
A primeira parceria do núcleo de checagem com uma rede social foi estabelecida em 2019, com o ingresso no programa de verificação de fatos independente do Facebook. Por meio dessa parceria, postagens marcadas como falsas têm a visibilidade reduzida.
O Verifica também faz parte do Comprova, o maior programa de jornalismo colaborativo da história da imprensa brasileira. Atualmente, 42 veículos de comunicação trabalham de forma conjunta no combate à desfinformação na internet e nas redes.