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Enviados sul-coreanos encontram Kim na Coreia do Norte para preparar nova cúpula

5 set 2018 - 08h52
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A Coreia do Sul disse que enviados do país se encontraram com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, em Pyongyang, nesta quarta-feira, para preparar uma terceira cúpula intercoreana no final deste mês, com a esperança de recuperar o ímpeto das conversas interrompidas entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos a respeito da desnuclearização norte-coreana.

Líder norte-coreano, Kim Jong Un 24/05/2018 KCNA/via REUTERS
Líder norte-coreano, Kim Jong Un 24/05/2018 KCNA/via REUTERS
Foto: Reuters

Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, chegaram a um acordo amplo, mas vago, sobre a desnuclearização da Coreia do Norte em uma cúpula realizada em Cingapura em junho, mas essas conversas travaram depois que Trump cancelou uma visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, à Coreia do Norte, no mês passado.

Os enviados especiais do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, foram liderados pelo chefe da segurança nacional do país, Chung Eui-yong, e a delegação incluiu o diretor do Serviço Nacional de Inteligência, Suh Hoon.

Os enviados conversaram com Kim, entregaram uma carta de Moon e jantaram com autoridades norte-coreanas não especificadas, segundo o porta-voz da Casa Azul, Kim Eui-kyeom.

"Os enviados voltariam depois do jantar", disse ele em um comunicado, acrescentando que maiores detalhes serão anunciados na quinta-feira.

A delegação de 11 membros foi recebida em Pyongyang por Ri Son Gwon, presidente de um comitê norte-coreano encarregado de assuntos fronteiriços que conduziu negociações intercoreanas de alto nível, de acordo com o secretário de imprensa de Moon, Yoon Young-chan.

Eles se reuniram por 20 minutos com Ri e Kim Yong Chol, que juntamente com Pompeo teve um papel fundamental nos preparativos da cúpula de Cingapura, disse Yoon sem dar detalhes.

Os EUA e a Coreia do Norte ainda não combinaram se a desnuclearização ou um passo rumo à normalização das relações bilaterais por meio de uma declaração do fim da Guerra da Coreia de 1950-53 deveria vir primeiro.

A guerra foi encerrada por um armistício, não um tratado de paz, o que significa que as forças da Organização das Nações Unidas (ONU) lideradas pelos EUA, incluindo a Coreia do Sul, ainda estão tecnicamente em guerra com Pyongyang.

Washington quer que a Coreia do Norte abdique de suas armas nucleares sem condições, e esta disse em conversas fracassadas realizadas anos atrás que pode cogitá-lo se os EUA derem garantias de segurança retirando suas tropas da Coreia do Sul e desmontando seu chamado guarda-chuva nuclear de dissuasão da Coreia do Sul e do Japão.

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