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Marina é um grande nome, diz governador sobre sucessão

João Lyra Neto, de Pernambuco, diz que PSB já se articula para definir nome; decisão deve sair até o início da propaganda eleitoral

14 ago 2014 - 16h47
(atualizado às 21h10)
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O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), disse nesta quinta-feira que, “apesar do momento de grande dificuldade”, as lideranças do partido já começaram a conversar a respeito da indicação de um nome para a sucessão de Eduardo Campos na disputa pela Presidência da República. Campos morreu ontem em um acidente de avião em Santos, no litoral de São Paulo.

João Lyra afirmou que a “tendência” é que o PSB tenha “candidato próprio” e elogiou a vice na chapa de Campos, Marina Silva, mas evitou adiantar qualquer decisão. “A posição do partido vai ser tomada quando terminarem todas as conversações. A Marina é um grande nome, sem dúvida que é”, disse em entrevista coletiva concedida hoje ao lado do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. “Eu não posso adiantar absolutamente nada em relação a isso”, continuou o governador.

O PSB tem até o dia 22 para indicar um novo nome, segundo a Lei Eleitoral. João Lyra, contudo, sinalizou que a decisão do partido deve ser anunciada antes do fim do prazo. “Apesar do momento de grande dificuldade, nós temos dois prazos: o legal e o político. O legal são dez dias. E o político, nós temos que ter consciência de que o guia eleitoral começa dia 19”, disse, referindo-se ao início da propaganda eleitoral no rádio e na TV.

“O partido vai conversar, discutir, amadurecer essa decisão e anunciar o mais rapidamente possível, apesar do momento de dor que nós passamos. Mas temos prazos político e legal, e temos que obedecer a lei”, concluiu o governador.

Resistência

A candidatura de Marina deve encontrar resistência dentro do PSB. O presidente em exercício do partido, Roberto Amaral, por exemplo, nunca engoliu a indicação da ex-senadora para a vice na chapa de Campos.

O ex-deputado e porta-voz da Rede Sustentabilidade, Walter Feldman, disse que ainda não é hora de discutir a sucessão, mas não descartou a possibilidade de Marina encabeçar a candidatura. "O legado do Eduardo Campos é de uma aliança programática. Evidentemente que ele gostaria que ela (Marina) continuasse na ausência dele, e nós acreditamos que ela se manterá, mas com características muito diferentes", declarou Feldman ao deixar o IML central de São Paulo na noite de hoje.

O deputado, contudo, ressaltou que este é um “momento de chorar pelos mortos e de se solidarizar com as famílias”. “A Marina tem recomendado que, neste momento, até a identificação dos corpos, o velório e o sepultamento, nós não tenhamos nenhum tipo de debate sobre os desdobramentos políticos”, encerrou.

Fonte: Terra
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