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Dilma sobre comandante de UPP morto: "Honrar é não desistir"

Presidente da República participou de homenagem no Rio de Janeiro com o governador Luiz Fernando Pezão e prorrogou a presença das Forças Armadas no conjunto de favelas da Maré

12 set 2014 - 17h38
(atualizado às 17h54)
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<p>O capitão Anderson Manoel da Silva foi homenageado pela presidente Dilma</p>
O capitão Anderson Manoel da Silva foi homenageado pela presidente Dilma
Foto: Twitter

A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), homenageou na tarde desta sexta-feira, em discurso no Rio de Janeiro, o comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Nova Brasília, capitão Anderson Manoel da Silva, morto em confronto com traficantes na noite da última quinta-feira, no complexo de favelas do Alemão – zona norte da capital fluminense.

“Gostaria de dizer mais uma coisa”, disse a presidente, um pouco rouca, já no final do discurso no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (Cpor), na Maré, após a assinatura de prorrogação até dezembro das Forças Armadas no complexo de favelas também na zona norte do Rio de Janeiro.

“Ontem o major (capitão, na verdade) Anderson que comandava a UPP do Alemão foi morto. Ele faz parte deste imenso esforço para que nós tenhamos uma nova segurança pública. Não poderia deixar de homenageá-lo. Honrar isso é nunca desistir”, afirmou a presidente, ao lado do governador e também candidato à reeleição no Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

“Nós iremos continuar determinados a enfrentar o crime organizado. E queria homenagear todos aqueles que nesse processo morreram nas atividades e na busca da afirmação da segurança pública”, completou ainda.

Afagos

A agenda era oficial, e ambos os candidatos à reeleição, ao que consta, não estavam fazendo campanha, mas com foi com muitos afagos e pregando de forma elogiosa a integração entre o governo do Estado do Rio de Janeiro e o governo federal que Luiz Fernando Pezão anunciou a permanência do Exército no complexo de favelas da Maré.

<p>Luiz Fernando Pezão e Dilma Rousseff durante ato no Rio de Janeiro nesta sexta-feira</p>
Luiz Fernando Pezão e Dilma Rousseff durante ato no Rio de Janeiro nesta sexta-feira
Foto: André Naddeo / Terra

As Forças Armadas permanecerão na Maré, ocupadas pelas forças de segurança desde abril deste ano, pelo menos até dezembro – antes da instalação oficial das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) na região. O acordo foi assinado com a presença do ministro da Justiça, Luiz Eduardo Cardoso, e do ministro da Defesa, Celso Amorim. O prefeito Eduardo Paes também participou do encontro.

“Quero reiterar meu eterno agradecimento, a senhora foi uma amiga do Rio de Janeiro como poucos foram, assim como o presidente Lula. A senhora abraçou todos os projetos nossos que a gente entrou nessa e na Rocinha, Alemão, em todos os lugares”, elogiou o governador, que dentro do seu partido, o PMDB, viu uma ala dissidente apoiar o rival Aécio Neves (PSDB) na disputa.

“Poucas cidades do Brasil têm 104 mil habitantes”, continuou Pezão sobre a população que hoje vive nas 16 comunidades da região. “Se a gente não tem essa integração, não conseguiríamos estar aqui nesse território. Nesse momento, tem 11 centros de pesquisa sendo instalados aqui. Foi tudo isso que oportunizou a segurança pública de atração de investimentos para o Estado. Quero reiterar meu eterno agradecimento”, reafirmou o governador. Dilma, claro, seguiu o discurso de afagos.

“Eu acredito que toda essa experiência do Rio de Janeiro, e todas as nossas iniciativas em relação a lei de ordem, e ao que nós assinamos aqui hoje, foi adotado em outros estados. E começou com essa cooperação. É um dos meus maiores orgulhos. Tenho o maior orgulho de ter participado disso com você’, disse a presidente, que elogiou ainda a segurança pública que teve o Rio de Janeiro como exemplo na Copa do Mundo.

“Tenho muito orgulho de ter prorrogado a presença do Exército aqui, e orgulho de ter feito toda a política de segurança da Copa. Temos experiência para dizer que dá certo juntar esforços. Hoje há um desafio que todos querem: uma segurança de mais qualidade. Temos totais condições de dar ao País isso. Estou feliz de estar aqui, porque foi aqui que tudo começou”, finalizou. 

Fonte: Terra
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