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Combate à corrupção só foi possível graças ao PT, diz Haddad

Candidato a vice-presidente na chapa do PT nas eleições 2018 participou de primeiro ato de campanha em Curitiba após visita a Lula

30 ago 2018 - 23h23
(atualizado em 31/8/2018 às 09h40)
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Em ato de campanha em Curitiba nesta quinta-feira, 30, o candidato a vice-presidente nas eleições 2018 Fernando Haddad (PT) afirmou que os mecanismos de combate à corrupção foram criados nos governos petistas e que o juiz federal Sérgio Moro, que condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato, reconheceu isso em sua sentença.

"Até o juiz Sérgio Moro, que condenou o Lula, reconhece na sentença os avanços legislativos em torno do combate à corrupção. Nada disso seria possível se não fossem os governos PT. [...] O problema é que estamos combatendo (a corrupção) de forma equivocada, destruindo empregos, libertando empresários corruptores e mantendo pessoas no cárcere sem provas", disse após visita ao ex-presidente na carceragem da Superintendência da Polícia Federal (PF), onde Lula está preso desde abril.

Fernando Haddad (PT) é candidato a vice na chapa de Lula
Fernando Haddad (PT) é candidato a vice na chapa de Lula
Foto: Rodolfo Buhrer / Reuters

Em caminhada pelo centro de Curitiba, após a visita, Haddad reafirmou que o PT irá até às últimas consequências para que o ex-presidente possa figurar como cabeça de chapa do partido. "Nós queremos Lula por uma causa, não por um capricho", discursou para cerca de 200 pessoas que participaram do ato.

À imprensa, Haddad insistiu que o PT espera que a Justiça brasileira acate a recomendação do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que orientou o Brasil a autorizar Lula a participar do processo eleitoral. "Trabalhamos com a vitória no Tribunal (Superior Eleitoral). Recorreremos às últimas consequências, ao Supremo Tribunal Federal, para que não paire dúvidas sobre a disposição do PT de estar com Lula até o fim. Não apresentamos e não apresentaremos (alternativas a candidatura). Esperamos que o Judiciário atenda a recomendação", afirmou.

Pouco antes da visita ao ex-presidente, Haddad foi recebido pelo senador paranaense Roberto Requião (MDB), que serviu pães com mortadela ao petista. No Estado, o MDB está coligado com o PDT do presidenciável Ciro Gomes nas eleições 2018, a quem formalmente o senador apoia, já que descartou palanque ao candidato do seu partido, Henrique Meirelles. "O fundamental não é derrotar pessoas, mas o modelo liberal (nas eleições). Sábado eu estarei com Ciro (Gomes), mas porque eu não daria um pão com mortadela a ele (Haddad)?", afirmou Requião.

Nos discursos depois da caminhada em Curitiba, Haddad e os candidatos petistas do Paraná pediram voto a Requião, que, apesar de ser filiado ao MDB, é histórico defensor dos governos petistas. O PT do Estado lançou apenas uma candidata ao Senado, a ex-prefeita de Curitiba Miriam Gonçalves, justamente para pedir o segundo voto dos eleitores ao emedebista.

Além de Haddad, Lula recebeu em sua cela nesta quinta-feira a presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, o ex-presidente do Partido Social Democrata da Alemanha e ex-presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, e o filósofo português Boaventura de Sousa Santos.

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