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Veja tendências para 16 carreiras e o que esperar das faculdades

Boas graduações têm apostado em metodologias diversificadas e uso de ferramentas tecnológicas

18 out 2018 - 03h11
(atualizado em 19/10/2018 às 00h44)
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MEDICINA

Currículo com uma visão transversal

Entender como o corpo humano funciona. Saber identificar e, igualmente importante, conseguir prevenir problemas de saúde. Os alunos que sonham em ser bons médicos não podem apenas focar nos conhecimentos técnicos e teóricos da profissão, apesar de eles serem essenciais.

"Além de ele sair muito bem formado daqui e aprender a ser médico convivendo com professores muito acima da média, ele também vai ter uma visão eclética da profissão", diz o professor Aécio Gois, coordenador de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A instituição tem um dos cursos mais bem avaliados do Brasil, ao lado de outras públicas, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que também têm vestibulares sempre muito concorridos para vagas na área médica.

Um bom indicador para saber se uma faculdade de Medicina está no caminho certo, de acordo com Gois, é verificar a quantidade de egressos aprovados em residências importantes do País ou o número de estudantes que tiveram boas notas no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

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Dentro dos cursos de Medicina, em vez de partirem para o mercado, os futuros médicos também podem querer direcionar suas carreiras para a pesquisa acadêmica ou para áreas sociais, como a da saúde indígena. Por isso, é importante identificar se a instituição escolhida proporciona essas outras visões da carreira. O aluno também precisa ter acesso a um hospital de portas abertas e a outros programas onde a interação com a sociedade é grande para que ele possa desenvolver outras habilidades consideradas importantes na carreira médica. "O médico hoje, como ocorre aqui, precisa saber falar sobre a morte, por exemplo", afirma Aécio Gois, professor da Unifesp.

ARQUITETURA

Em busca do bem-estar das cidades

O curso de Arquitetura e Urbanismo forma profissionais que, antes de tudo, não apenas criam espaços do convívio familiar, mas também são responsáveis pelo funcionamento das cidades. E, atualmente, grande parte da população mundial vive nos centros urbanos.

Nas escolas bem cotadas dessa carreira - entre elas, a da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e a tradicional Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie (FAU-Mackenzie) -, os estudantes têm acesso às discussões envolvendo temas modernos da profissão, como mobilidade urbana e conforto ambiental.

O curso da USP é composto pelos três departamentos: de História da Arquitetura e Estética do Projeto, de Projeto e de Tecnologia da Arquitetura.

Na FAU-Mackenzie, a graduação tem como objetivo formar profissionais que estudem as complexas demandas da sociedade contemporânea em relação ao campo da arquitetura e do urbanismo. O processo de ensino-aprendizagem articula-se às possibilidades de pesquisa e extensão universitária.

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No século 21, também é importante o futuro profissional da carreira de Arquitetura e Urbanismo estar cada vez mais interligado com outras áreas do conhecimento, sejam elas do campo das Biológicas ou de Humanas. Profissionais dessa carreira, atualmente, podem atuar tanto na Antártida, construindo bases de pesquisa científica do Brasil ou de outros países, quanto em outros biomas do planeta, como a Amazônia ou a Cordilheira dos Andes. Em projetos transversais, como a construção ou a restauração de uma sala de espetáculos, por exemplo, ter conhecimento de acústica ou de conforto ambiental é importante para um bom resultado profissional.

DIREITO

Alta demanda, com novas possibilidades

Em tempos de Lava Jato ou em um cenário em que a tecnologia afeta cada vez mais todos os setores, a demanda por formados em Direito tende a continuar alta. As ramificações da profissão não param de crescer. Na sociedade atual, áreas como a do Direito Ambiental, do Direito do Consumidor ou mesmo Internacional ganham cada vez mais interessados. Não que os caminhos mais tradicionais para o estudante dos cursos de Direito estejam ultrapassados, mas a multiplicidade de opções atualmente é grande.

No universo das escolas bem avaliadas, caso da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), não é apenas o conteúdo ensinado que é múltiplo. A forma de transmitir o conhecimento também contém novas ferramentas e tecnologias.

Na base desse sistema, está a filosofia presente nas escolas de ponta de romper com a forma tradicional de ensinar. O aluno passa a ser o principal agente do próprio aprendizado. Estão em alta nas escolas de Humanas simulações e jogos, para que os alunos possam, de forma participativa, aprender o conteúdo.

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No caso da Pontifícia Universidade Católica, segundo explica o professor Vitor Morais, coordenador do curso de Direito, "a formação multidisciplinar é feita com base em três ciclos de aprendizado". "E todos contam com professores de alta qualidade, com experiência", diz ele em entrevista à PUC TV. O primeiro ciclo é o do fundamento do Direito, no qual as noções básicas da carreira serão apresentadas ao estudante. Depois, no ciclo profissionalizante, entram disciplinas como Direito Penal, do Consumidor, Ambiental, Tributário, Internacional, Público e Privado, entre outras. E, em terceiro, há o ciclo profissional. "É um curso que absorve alunos com vários interesses."

PEDAGOGIA

A complexidade do saber pensar e fazer

O desafio para os futuros pedagogos é enorme. A tecnologia está revolucionando a forma com que os alunos absorvem o conhecimento e, por isso, a promoção do saber pensar e do saber fazer está cada vez mais complexa. Assim, nos cursos atualizados com as demandas da sociedade, como é o caso dos mais bem avaliados - tanto na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e na Universidade Presbiteriana Mackenzie quanto nas instituições públicas -, a interdisciplinaridade está sempre presente nos currículos.

No caso da PUC, um dos objetivos é aproximar os estudantes do mundo do trabalho e possibilitar a interpretação crítica da realidade educacional do Brasil e do mundo.

O profissional de Pedagogia, atualmente, tem várias opções para desenvolver sua carreira. Pode atuar como pedagogo ou na gestão de processos educativos. Avaliando programas e projetos pedagógicos em instituições educacionais e em organizações não escolares que também lidam com educação.

Os estudantes da carreira também são obrigados, ao longo do próprio curso, a fazer estágios, sempre com a supervisão de professores da instituição.

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O formado em Pedagogia não tem de atuar necessariamente na sala de aula ou no ambiente escolar, seja ele de uma instituição pública ou privada. Cada vez mais, outros setores do mundo profissional demandam os conhecimentos de um egresso dos cursos de Pedagogia. Atualmente, existem pedagogos trabalhando em diversos tipos de empresas públicas e privadas. Ou ainda, em ambientes hospitalares, nos quais a maneira de transmitir conhecimento também é importante. Outro campo de atuação profissional para os formados nessa profissão é o do terceiro setor. Existem várias ONG que atuam em projetos sociais e a presença de pedagogos pode contribuir com essas iniciativas.

ADMINISTRAÇÃO

Desde o princípio, imersão na realidade

Os cursos de Administração de Empresas, sejam elas públicas ou privadas, buscam desde o início aproximar os alunos do ambiente real em que vão atuar depois de conseguirem o diploma. Além de inserirem os estudantes nas organizações comerciais, a forma como o conteúdo é transmitido ao longo dos anos também tende a ser a mais dinâmica possível.

"Uma das nossas propostas é da aprendizagem baseada em problemas", afirma Carla Soares, coordenadora da Graduação em Administração da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV Ebape). "O aluno precisa estar envolvido, sentir-se desafiado", afirma.

A questão do estágio, na escola, também está ultrapassada. Em alguns programas, o aluno passa a vivenciar o dia a dia das empresas. Propostas semelhantes ocorrem em outras instituições com curso de Administração bem avaliados, como a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP). A proposta na PUC é formar profissionais qualificados e inovadores, que possam unir pensamento crítico e ação gerencial.

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O ensino sistematizado da Administração no Brasil começou em 1952. No mesmo período, os Estados Unidos - que tiveram seus primeiros cursos na área no fim do século 19, com a criação da Wharton School, em 1881 - formavam por volta de 50 mil bacharéis. Durante os anos de 1940, a sociedade brasileira começou a sentir necessidade de profissionalizar o ensino de Administração de Empresas. A busca por mão de obra qualificada levou à montagem dos primeiros cursos em escolas nacionais. O pioneirismo foi da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro (FGV-RJ). Nos Estados Unidos, a Wharton School até hoje forma administradores na Universidade da Pensilvânia.

MEDICINA VETERINÁRIA

Atuação vai além de clínica para animais

A associação mais imediata com o trabalho do veterinário costuma ser feita com a atuação desse profissional em clínicas, no cuidado com os animais de pequeno porte, como gatos e cachorros. Mas os formados nesta carreira estarão preparados para atuar em diversas áreas do mercado de trabalho.

Além da clínica médica, o aluno do curso de Veterinária também poderá atuar em cirurgias animais e também na área de defesa e fiscalização sanitária, perícias ou ainda em cuidados com a fauna silvestre. Muitos dos alunos, quando começam a descobrir a realidade da profissão, se interessam pelo setor da docência e da pesquisa, campos de atuação onde a demanda por veterinários é grande.

Os cursos mais bem avaliados em São Paulo - entre as particulares, os da Universidade Anhembi Morumbi, da Universidade Paulista (Unip) e da Universidade Metodista - procuram associar o conhecimento teórico-prático em suas grades curriculares. Um ponto importante durante a graduação é a possibilidade que as escolas abrem para os alunos fazerem estágios, seja no setor da indústria alimentícia, em fazendas ou em parques zoológicos.

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"Uma das vantagens do nosso curso, além de um hospital veterinário muito completo com toda a infraestrutura necessária para a prática da cirurgia veterinária, é a carga horária que o nosso currículo tem. Ela é bastante alta em comparação com outras escolas", afirma Vicente Borelli, coordenador do curso de Medicina Veterinária da Universidade Paulista (Unip). Assim como a instituição paulista, outras universidades particulares de São Paulo, como a Anhembi Morumbi e a Metodista, investiram muito em seus hospitais veterinários nos últimos anos. Isso garante aos estudantes uma boa prática antes de realmente ingressar no mercado de trabalho.

ENGENHARIA

Multiplicidade de Exatas abre campo

O campo da Engenharia é um universo de possibilidades para o estudante que se interessa pela área de Exatas, que vai da construção civil até o mundo dos robôs. No caso específico da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), uma das mais tradicionais do Brasil na área, existem 17 cursos de graduação, agrupados em quatro grandes áreas da Engenharia: Civil, Elétrica, Mecânica e Química.

Mas a multiplicidade do setor de Exatas permite muitos caminhos, como Engenharias de Alimentos ou de Computação, duas carreiras cobiçadas atualmente. No Instituto Mauá de Tecnologia, segundo Tatiana Matuda, professora de Engenharia de Alimentos, o objetivo do curso "é procurar aquilo que o mercado busca". Por isso, o corpo docente oferece um equilíbrio entre a prática e a teoria.

Nessas duas escolas e também em outras instituições bem avaliadas, caso da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a preocupação com a prática é grande. Durante a graduação, os alunos passam a trabalhar em projetos reais e a vivenciar ambientes de negócios diversos.

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No currículo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, as chamadas atividades complementares têm um peso grande no processo de formação dos futuros engenheiros. O foco principal dessa parte é complementar a formação do discente, enriquecendo seu conhecimento teórico-prático. Essas atividades podem envolver também projeto de ensino e de pesquisa, outra área que também tem gerado interesse nos graduandos da instituição. Na Mackenzie, quem ingressa nos cursos de Engenharia Civil, Elétrica, Mecânica/Mecatrônica ou de Materiais tem como obrigação desenvolver as atividades complementares ao longo da grade curricular.

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Ênfase na interdependência global

Em um mundo cada vez mais globalizado e interdependente, os cursos de Relações Internacionais estão no grupo daqueles em que a concorrência continuará alta. Todos os principais currículos de cursos bem avaliados no País, como os da Universidade Anhembi Morumbi, da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universidade Católica (PUC), abrangem essas multifunções inerentes ao profissional dessa área.

"O nosso curso oferece desenvolvimento de competências para o mercado corporativo, com foco em gestão do ambiente econômico e político internacional, para a formação de profissionais com capacidade analítica e visão simultaneamente histórica e prospectiva, por meio da estimulação da vivência da prática profissional", diz Maurício Homma, coordenador do curso de Relações Internacionais da Universidade Anhembi Morumbi.

Faz parte dos objetivos do curso oferecer aos alunos a possibilidade de ingressar em projetos de pesquisa. "No campo da investigação científica, o estudante tem a oportunidade de participar de experiências práticas de produção acadêmica em um dos núcleos de pesquisas", conta.

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Uma das novidades deste ano, no campo das Relações Internacionais, é a possibilidade de a graduação ser feita no Ibmec. A instituição, que no caso de São Paulo também oferece os cursos de Administração, Ciências Econômicas e Direito, está inovando na forma de selecionar os estudantes para 2019. Depois de uma experiência-piloto, o vestibular do Ibmec, chamado agora de Seleção de Novos Talentos, será feito em duas etapas em todas as suas unidades (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte). Os vestibulandos vão fazer a prova técnica e Redação. Mas também terão de participar de uma dinâmica em grupo, que ficará a cargo do Grupo Cia de Talentos.

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Com inovação, criatividade e estratégia

A chamada indústria da comunicação abre espaço atualmente para uma série de oportunidades aos alunos dos cursos de Publicidade e Propaganda. Inovação, criatividade e estratégia formam o tripé que vai sustentar os egressos dessa carreira na vida profissional.

Nas principais escolas do País, caso da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), existe uma preocupação constante em alinhar os conhecimentos técnicos e teóricos com o prático. Nesses cursos, existem possibilidades de estágio ou desenvolvimento de projetos nas universidades. Os alunos contam com laboratórios e estúdios para as práticas. E têm a chance de fazer intercâmbios internacionais.

De acordo com a coordenação do curso de Publicidade e Propaganda da Mackenzie, o estímulo ao aluno é dado por meio de disciplinas de planejamento estratégico, artísticas e humanistas. "Espera-se que os alunos desenvolvam uma capacidade crítica e habilidades para usar diversas formas de comunicação mercadológica-publicitária", afirma Rogério Martins, coordenador do curso.

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O foco da grade das universidades é fazer com que os alunos desempenhem suas funções, por exemplo, em anunciantes de diversos segmentos, agências e consultorias de marketing e comunicação, produtoras de conteúdo off e online e institutos de pesquisa. Na universidade Mackenzie, ao fim da quarta etapa do curso, o estudante tem dois caminhos: a formação em marketing ou em criação publicitária. Na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), são três áreas possíveis de especialização: planejamento, criação e marketing. Os alunos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) podem ter uma imersão no mundo profissional na agência experimental.

PSICOLOGIA

Uma aplicação cada vez mais diversa

A valorização do trabalho do psicólogo nos últimos anos, que engloba vários setores sociais, como o esportivo ou o infantil, tem contribuído para o aumento da concorrência nessa área. Com isso, cursos com boa reputação, caso dos da Pontifícia Universidade Católica (PUC), da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), devem continuar disputados.

Uma das principais características dessas instituições é apresentar ao estudante uma gama variada de possibilidades na carreira. "No nosso caso, o aluno tem a possibilidade de estagiar nas grandes áreas da Psicologia, nos setores de educação, do trabalho, da saúde e da psicologia clínica", diz Elisa Zaneratto, coordenadora de Psicologia na PUC em São Paulo.

O aluno, de acordo com Elisa, será preparado também para exercer a profissão em vários setores do seu campo de trabalho. "O curso da PUC tem um forte compromisso com as transformações sociais. O importante é responder às urgências da sociedade atual", diz Elisa. Assim como ocorre nas outras escolas, na PUC o aluno também tem a possibilidade de enveredar para a pesquisa acadêmica.

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No currículo da universidade Mackenzie, a preocupação também é formar um profissional que atue em diversas áreas nas quais o trabalho de um psicólogo é importante. O curso está baseado na proposta de uma formação generalista, consolidando os conhecimentos que possibilitem o estudo do fenômeno psicológico, a partir de referenciais teóricos. Embora possa atuar em outros setores - em hospitais, empresas, comunidades indígenas ou equipes esportivas, por exemplo -, a psicologia clínica segue como uma das áreas tradicionais na carreira. Nela, por meio de um conjunto de ferramentas, o especialista em comportamento humano age sobre as queixas de seus pacientes.

ECONOMIA

Solução de problema, da prática à teoria

A partir da prática chega-se à teoria. Nos cursos de Economia bem avaliados do meio universitário privado brasileiro, é comum os alunos aprenderem os conceitos econômicos por meio de situações econômicas concretas. O método baseado no aprendizado a partir de um problema é uma das ferramentas usadas, por exemplo, em Economia da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

O objetivo, com esse método, é criar um ambiente de estudo que estimule os processos cognitivos dos alunos. Que deixe os estudantes motivados a avançar com o aprendizado da Economia. "O aluno passa a ter um papel ativo na sua aprendizagem", afirma Joelson Sampaio, coordenador do curso de Economia da FGV.

Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o foco da formação do aluno está em fazer com que ele tenha profunda capacidade de análise para lidar com os desafios gerados pela conjuntura econômica e pela realidade dos diferentes setores da economia.

Os cursos de Ciências Econômicas também estimulam que os alunos estejam em contato com o mundo real, por meio de estágios tanto no País quanto no exterior.

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Em um mundo globalizado, a visão de um economista vai ser sempre importante seja para uma instituição pública, privada ou até mesmo para equipes econômicas de um País. Atualmente, faz parte do trabalho do formado nessa carreira uma lista grande de atividades. Entre elas, analisar e propor ações relacionadas às questões financeiras, lidar com a alocação de carteiras de investimentos, avaliar a conjuntura econômica para tomada de decisões, analisar setores econômicos e padrões de concorrência e elaborar projetos de investimento. O economista atual também precisa de formação interdisciplinar - para atuar, por exemplo, em setores como o da sustentabilidade.

JORNALISMO

Visão humanística é a base do ofício

Antes da ação, uma base teórica humanística. A partir disso, a prática do ofício, cada vez mais importante no cenário em que as fake news se proliferam em grande velocidade, estará melhor alicerçada. Nos currículos das universidades do setor, a parte teórica do Jornalismo é construída a partir das disciplinas básicas, como Economia, Filosofia, Antropologia e Estatística.

Em São Paulo, no campo das escolas privadas, cursos como os da Faculdade Cásper Líbero, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) estão formando profissionais alinhados com a demanda do mercado, seja em empresas jornalísticas ou em agências de comunicação que têm como clientes o setor privado, governos ou ONGs.

"Nosso estudante tem ampla formação em disciplinas humanísticas de base e em conteúdos técnicos e específicos necessários para o exercício da profissão. Além de ter um espaço aberto de debate com professores e discentes", diz Helena Jacob, coordenadora de Jornalismo na Cásper Líbero. Segundo ela, outra marca da faculdade é avançar sempre no estudo acadêmico do Jornalismo.

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O universo do Jornalismo ampliou-se cada vez mais nos últimos anos. O jornalista, atualmente, quando vai trabalhar com uma grande quantidade de dados em seu trabalho cotidiano, tem de saber usar ferramentas digitais eficientes, além de se relacionar com outros profissionais, também bem preparados para a análise de grandes volumes de informação. O profissional multitarefas que o mercado necessita atualmente precisa também de noções dos universos digital e audiovisual. Porém, a base da profissão, como lembra Helena Jacob, da Faculdade Cásper Líbero, não mudou. "Aqui, reconhecidamente, os estudantes têm o melhor texto do mercado", afirma.

DESIGN GRÁFICO

Atividade em constante evolução

Uma carreira tradicional, ensinada há mais de 40 anos, mas que precisou mudar conforme as novas mídias e as interfaces digitais foram evoluindo.

As características dos cursos mais concorridos no universo privado, casos da ESPM, da Mackenzie e da Anhembi Morumbi, é formar profissionais que entendam do ofício do Design, mas que também conheçam as características mercadológicas do setor. O objetivo é que os egressos desses cursos tenham capacidade para serem empreendedores dentro de sua área de atuação.

"O nosso curso de Design Gráfico oferece ao aluno recursos tecnológicos e espaços que potencializam os métodos de ensino para criação em comunicação visual, sinalização ou editorial, por meio de uma sólida formação em design aliada à visão dos negócios da área. Os alunos terão uma formação de nível internacional, que deve capacitá-los a atuar com excelência na área gráfica, antecipando tendências e estilos e compreendendo as necessidades sociais e também de mercado", diz Cláudio Gusmão, coordenador do curso de Design Gráfico da Universidade Anhembi Morumbi.

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A profissão do designer, além de precisar de atualizações constantes, contribui com inovação e criatividade com diversas áreas da sociedade. Não basta ao profissional, apenas, dominar as ferramentas digitais disponíveis para a elaboração de um trabalho de qualidade. Antes disso, desenvolver uma visão sistêmica do mundo é útil para o exercício da profissão.

A interdependência das diversas áreas do conhecimento também está presente no curso da Mackenzie, que existe desde o início dos anos 1970. Segundo a instituição, o seu projeto pedagógico tem como foco a atuação do designer de forma ampla e flexível. As prioridades são os saberes multidisciplinares e transdisciplinares.

FISIOTERAPIA

Profissional para a promoção da saúde

Para atuar com sucesso na área de saúde, os futuros profissionais do setor de Fisioterapia partem de um currículo recheado de disciplinas básicas essenciais. A partir de metodologias que focam na questão prática, os estudantes aprendem conceitos de anatomia, fisiologia, biologia e ortopedia.

Com esse conhecimento adquirido, o aluno parte para o estágio, muitas vezes obrigatório, para aplicar o que aprendeu.

No caso do curso de Fisioterapia da Uninove, um dos mais bem avaliados do País, o principal objetivo da escola é formar profissionais generalistas, com competência para elaborar diagnóstico físico e funcional, a fim de traçar os objetivos para intervir, tratar, restaurar e prevenir as disfunções cinéticas de órgãos e sistemas dos pacientes, bem como funções físicas do indivíduo.

Na Uninove, o estágio, feito nas clínicas próprias da instituição, é obrigatório. Na Clínica Escola e no Ambulatório Integrado, os estudantes realizam atendimentos à população nas áreas de fisioterapia em neurologia adulto e infantil, fisioterapia cardiopulmonar e vascular, hidroterapia, fisioterapia ortopédica, traumatológica e reumatológica.

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A área clínica, onde o futuro profissional vai atuar de forma interdisciplinar com os setores de medicina, é apenas uma das opções de trabalho. Os profissionais formados em escolas como Uninove, Universidade Paulista (Unip) ou Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cursos bem avaliados no Brasil, também estarão preparados para atuar na área preventiva. Seja em clínicas do setor privado, seja em empresas, consultórios ou escolas. Outro campo aberto para os fisioterapeutas é o da área de pesquisa. Onde o profissional vai atuar como investigador científico, em instituições públicas ou privadas, na busca de novas técnicas para aprimorar os métodos usados na profissão.

AUDIOVISUAL

Carreira em um setor de R$ 25 bilhões

O mercado brasileiro de produções cinematográficas e audiovisuais emprega 98 mil profissionais e move R$ 25 bilhões por ano. A carreira já é uma das mais concorridas da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que classifica para a Universidade de São Paulo (USP). Em 2019, abre-se mais uma possibilidade para os interessados na área. Não em escola pública, mas privada.

"São várias as possibilidades de carreira nesse setor", diz Gisele Jordão, coordenadora do curso de Cinema e Audiovisual que a Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM/SP) passa a oferecer. "Mas a maior carência de profissionais é na área executiva, que envolve desde a produção de um filme até o planejamento estratégico."

O curso da ESPM vai focar em negócios, o que pode ser uma das diferenças em relação ao da USP. "Queremos oferecer a chance de aprofundamento em quatro territórios de conhecimento: negócios, desenvolvimento artístico em produtos audiovisuais de ficção e documentais, multiplataformas interativas e games. Eles podem ser combinados de acordo com os objetivos do aluno", explica Gisele.

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Em 2017 foram lançados 140 filmes de longa metragem no Brasil. Apesar de ser pouco, se comparado com os 800 filmes que chegaram ao mercado americano, o setor tem crescido muito no País. O que significa que ingressar em um curso de Cinema e Audiovisual pode render bons frutos. Se a palavra cinema, em um primeiro momento, pode fazer o estudante pensar que ele terá um campo restrito de atuação, o currículo moderno desses cursos de Cinema e Audiovisual mostra que a primeira impressão não se sustenta. Principalmente em um momento em que a sociedade passa por uma grande revolução digital, o que só tende aumentar nos próximos anos.

CIÊNCIAS BIOMÉDICAS

Visão integrada de processos biológicos

Os formados nos cursos de Biomedicina têm um vasto campo para agir seja em atividades de ensino e pesquisa ou em trabalhos no setor privado. Por causa dessa gama de possibilidades, a carreira tem sido valorizada, o que leva a uma alta procura pelas faculdades de bom nível curricular.

O biomédico pode atuar em universidades ou em empresas de análises clínicas, diagnóstico por imagem, técnicas de reprodução humana ou em bancos de sangue. Outra questão importante, abordada em cursos como os da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade Paulista (Unip) ou no Centro Universitário São Camilo, são os dilemas éticos cada vez mais envolvidos com a biomedicina.

"Todas as atividades importantes para a formação dos biomédicos são apresentadas em contexto no nosso curso. Com exemplos práticos

Estadão
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