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Secretário-executivo do MEC pode ficar 3 meses como interino

Antonio Paulo Vogel foi secretário-adjunto de Finanças na gestão de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo

18 jun 2020 - 18h56
(atualizado às 19h07)
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O governo Bolsonaro deve deixar como ministro interino da Educação o atual secretário-executivo da pasta, Antonio Paulo Vogel. Formado em Economia e Direito, ele foi secretário-adjunto de Finanças de Fernando Haddad (PT) na prefeitura de São Paulo, mas não tem ligações com o partido. Ele deve ficar, no máximo, três meses no cargo até a escolha do novo ministro.

O secretário-executivo do Ministério da Educação, Antônio Paulo Vogel, durante entrevista coletiva em junho de 2019
O secretário-executivo do Ministério da Educação, Antônio Paulo Vogel, durante entrevista coletiva em junho de 2019
Foto: José Cruz/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

Vogel participou da transição do governo atual e trabalhava desde 2019 com Weintraub na Casa Civil no cargo de secretário-executivo adjunto. Quando o ex-ministro foi para o MEC, levou Vogel junto. Ele acabou montando praticamente toda a equipe que está na pasta atualmente.

Servidor público federal, no cargo de Auditor Federal de Finanças e Controle, ele é tido como um profissional de gestão e técnico com experiência no Tesouro Nacional e no Banco Mundial.

Não tinha qualquer experiência na área da educação e, quando começaram as notícias sobre a saída de Weintraub, especulou-se até que Vogel teria um cargo no Ministério da Economia.

Na prefeitura de São Paulo, ele trabalhava com Marcos Cruz, o secretário de Finanças do Haddad, que indicou Vogel ao então prefeito. É lembrado como um profissional conciliador e dedicado.

O governo teria desistido de indicar para o cargo o atual secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, pela falta de experiência e por sua ligações com o site Brasil sem Medo que faz ataques ao Supremo Tribunal Federal. O próprio Nadalim, que é amigo de Olavo de Carvalho, não teria aceitado substituir Weintraub.

Até esta quarta-feira, ele era dado como certo para substituir o agora ex-ministro. No entanto, houve grande pressão da ala militar para que ele não assumisse. Um dos que discorda do nome é o ministro Jorge Oliveira, da Secretaria-Geral da Presidência.

Estadão
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