PF diz que UFSC não vai virar ‘república de maconheiros'

O superintendente da Polícia Federal, Paulo César Barcelos Cassiano Júnior, foi enfático ao comentar o episódio envolvendo alunos da Universidade Federal de Santa Catarina nesta terça-feira. Para ele, a UFSC seria um “antro do crime”.

Paulo Cassiano lamentou a posição da reitoria ao defender que jovens possam praticar “crimes” dentro do campus. “A reitoria divulgou uma nota lamentável. A Policia Federal não vai permitir que a reitoria transforme a UFSC em uma república de maconheiros. Aquilo é um antro do crime”, disse. “Autonomia universitária não é libertinagem”.

Segundo  o delegado, os cinco presos, com idades entre 18 e 29 anos, assinaram termo circunstanciado e foram liberados. Um deles, de 18 anos, não é aluno da universidade e possui passagens na polícia por furto e roubo. “Foi feito um flagrante e por isso não era necessário mandado judicial para nossos agentes”, afirmou, ressaltando a existência de uma investigação dentro da UFSC sobre um possível esquema de tráfico de drogas.

Essa investigação foi confirmada ainda na noite de terça pelo chefe de gabinete da UFSC, Carlos Vieira. De acordo com ele, a PF já teria cerca de 40 horas de gravação dentro do campus, comprovando supostas irregularidades. “Investigar autorizamos, mas a ação deveria ser informada a reitoria”, afirmou.