Pesquisa inédita traça perfil atual do estudante de idiomas no Brasil
Levantamento do CNA+ com Box1824 traça retrato das motivações, desafios e transformações no ensino de línguas no Brasil
Um estudo inédito do CNA+ e Box1824 revela mudanças nas motivações e desafios dos brasileiros no aprendizado de idiomas, destacando fatores como conexão cultural, valorização do contato humano no ensino e busca por autenticidade na expressão pessoal.
O CNA Idiomas, em parceria com a consultoria de comportamento Box1824, lança um estudo inédito que traça um panorama contemporâneo sobre a relação dos brasileiros com o estudo de outros idiomas, em especial o inglês. A pesquisa intitulada “Jovens e Aprendizagem de Idiomas” ouviu cerca de mil pessoas entre pais, adolescentes e jovens adultos em diferentes regiões do Brasil e revela mudanças profundas nas motivações, expectativas e dores ligadas ao aprendizado.
O levantamento mostra que, embora 71% dos pais matriculem os filhos com foco no mercado de trabalho, os jovens ampliam rapidamente suas motivações: 62% afirmam estudar para viajar e conhecer novas culturas, e quase 90% dos estudantes entre 25 e 35 anos acreditam que aprender um idioma é a melhor forma de se conectar com o mundo.
“Esse estudo mostra que aprender um novo idioma vai muito além de preparar para o mercado de trabalho ou de ensinar regras gramaticais. Os jovens buscam conexão com o mundo, experiências culturais e expressão autêntica. Entender essas motivações é essencial para criar métodos mais eficazes, humanos e alinhados com a realidade de quem aprende”, explica Eduardo Guedes, CMO do grupo educacional CNA+.
Outro dado relevante é a diferença na idade de início do curso: os adolescentes começam a estudar outro idioma por volta dos 12 anos, enquanto os jovens adultos iniciam somente aos 20 anos, muitos deles com a percepção de que começaram “tarde demais”. O primeiro contato costuma ser digital: 48% dos adolescentes e 42% dos jovens recorrem a aplicativos e plataformas online como primeiro passo após decidirem aprender.
Entretanto, 83% dos estudantes concordam com a frase "mesmo com as inteligências artificiais, o professor e o contato humano são fundamentais para o aprendizado de outros idiomas”. Tanto que 1/4 dos alunos entre 25 e 35 anos dão preferência a formatos de curso que tenham interação direta com colegas.
Entre as principais dores que resultam na evasão dos alunos está a falta de tempo: 35% abandonaram os estudos porque a rotina ficou intensa. Além disso, 66% concordam com a frase "ter e manter uma disciplina de estudos é a minha maior dificuldade no estudo de outro idioma".
Apesar dos obstáculos, o estudo revela que o maior marco de sucesso para os alunos é sentir-se capaz de se expressar de forma autêntica em outro idioma: 67% concordam com a frase "aprender um idioma faz parte da minha identidade e de como me vejo no mundo”. Para isso, os estudantes valorizam práticas de conversação (62%), professores próximos e qualificados (49%), além de experiências interativas e dinâmicas (44%) que tornem o aprendizado mais significativo e eficaz.
“No levantamento também fica claro que, para manter o engajamento, é preciso ir além da sala de aula tradicional. É necessário oferecer vivências interativas, apoio e práticas que despertem confiança e pertencimento. Aprender um idioma é uma jornada pessoal e transformadora, e nosso papel é torná-la possível, significativa e acessível”, complementa Guedes.
"O nosso estudo, em parceria com o CNA+, é marcante porque aponta para uma nova perspectiva sobre o ensino de idiomas. Na pesquisa, fizemos um mapeamento completo das motivações e comportamentos dos alunos ao longo de todo o processo de ensino para entender o que demandam das escolas e cursos. Para além da importância do conhecimento formal, os estudantes estão em busca de conhecer novas culturas, conseguir se expressar de maneira mais genuína e, principalmente, se conectar com outras pessoas. A pesquisa mostra que o ensino de idiomas deve ser capaz de capacitar a pessoa profissionalmente e promover a criação de relacionamentos culturais e sociais”, finaliza Alexandre Porto Alegre, Estrategista da Box1824.
Metodologia da pesquisa
Para compor o estudo, foram ouvidas 999 pessoas entre atuais clientes, ex-clientes e não clientes da rede CNA Idiomas. A pesquisa contemplou diferentes faixas etárias, incluindo pais de crianças de 3 a 13 anos (36%), adolescentes de 14 a 17 anos (22%) e jovens adultos de 25 a 35 anos (47%). A amostragem se concentrou nas classes B1, B2 e C1 e foi realizada em âmbito nacional, abrangendo diferentes regiões do país: Sudeste (43%), Centro-Oeste (17%), Nordeste (17%), Sul (16%) e Norte (7%).
A maioria dos participantes reside em capitais (47%), seguida por moradores do interior (29%) e de regiões metropolitanas (24%). Também houve predominância do público feminino, que representou 63% da amostra.