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Justiça Federal suspende bloco 4 do CNU por acesso antecipado às provas no Recife

Também foi determinada a suspensão da divulgação dos resultados

3 out 2024 - 20h03
(atualizado às 20h30)
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Candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU)
Candidatos do Concurso Nacional Unificado (CNU)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Justiça do Distrito Federal determinou, nesta terça-feira, 3, a suspensão dos efeitos da prova do bloco 4 do Concurso Nacional Unificado (CNU), conhecido como Enem dos Concursos. A ordem ocorreu em caráter liminar, pois há suspeita de vazamento da prova na aplicação em um colégio no Recife (PE). A informação é do colunista Aguirre Talento, do UOL

No dia da prova, os fiscais teriam entregado o caderno da prova que seria aplicada à tarde ainda no período da manhã. Eles foram recolhidos, no entanto, os estudantes tiveram tempo de folhear e ler as questões.

Com isso, advogados dos participantes do concurso entraram com a ação, que teve decisão da 14ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Os concorrentes teriam se considerado prejudicados com a suspeita de irregularidades. 

A liminar também suspendeu a divulgação dos resultados, a fim de que a Justiça possa analisar se houve prejuízo para quem prestou a prova. Ainda cabe recurso do governo federal. 

Assim que todos os pontos forem analisados, a Justiça decidirá se as provas do bloco serão anulados. Conforme o juiz Luiz Eduardo Rocha Penteado, o vazamento “viola a isonomia” do processo seletivo. 

"Sendo assim, em que pese a União alegar que o equívoco teria sido sanado a tempo de não causar prejuízo à lisura do certame, as provas dos autos indicam que os fatos não se limitaram à violação do malote com os cadernos de questões, mas avançaram para o vazamento do conteúdo das próprias questões, o que, ao tempo em que viola a isonomia entre os candidatos, contamina o prosseguimento do concurso com a pecha da imoralidade, exigindo-se, assim, a pronta atuação do Judiciário no caso concreto", aponta a decisão. 

O bloco 4 é um dos mais procurados pelos candidatos no concurso e teve mais de 300 mil inscritos, pois há vagas com salários altos, auditor fiscal do trabalho e médico. 

O Terra procurou o Ministério da Gestão e Inovação para obter um posicionamento, mas não teve retorno até o momento. 

Fonte: Redação Terra
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