Enade 2023: confira estados com melhores instituições de educação superior, segundo Inep
Dez estados ficaram com a porcentagem de faculdades consideradas de excelência acima da média nacional; saiba quais
O Rio Grande do Sul é o estado que obteve a maior porcentagem de instituições de ensino superior consideradas de excelência no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) referente a 2023, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC). Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta sexta-feira, 11.
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O IGC é um indicador de qualidade que avalia as instituições de educação superior e vai do 1 ao 5. De acordo com os novos dados do Enade, das 105 instituições de ensino superior (IES) do Rio Grande do Sul, 45 estão nas faixas 4 e 5 do índice – ou seja, estão nas faixas mais altas, sendo as mais bem qualificadas. Isso representa 42,86% das faculdades avaliadas do estado performando entre as melhores do país.
No Brasil foram avaliadas 2.101 faculdades e, dessas, 548 estão nas faixas 4 e 5 do IGC – 26,08%. No total, contando com o Rio Grande do Sul, que lidera a lista, há 10 estados que superam a média nacional de quantidade de instituições com melhor desempenho na avaliação. São eles:
- Rio Grande do Sul: 105 IES, 45 nas faixas 4 e 5 do IGC (42,86%);
- Espírito Santo: 62 IES, 25 nas faixas 4 e 5 do IGC (40,32%);
- Rio de Janeiro: 108 IES, 43 nas faixas 4 e 5 do IGC (39,8%);
- Ceará: 67 IES, 22 nas faixas 4 e 5 do IGC (32,84%);
- Paraná: 154 IES, 48 nas faixas 4 e 5 do IGC (31,17%);
- Bahia: 116 IES, 34 nas faixas 4 e 5 do IGC (29,31%);
- Santa Catarina: 82 IES, 24 nas faixas 4 e 5 do IGC (29,27%);
- Minas Gerais: 263 IES, 72 nas faixas 4 e 5 do IGC (27,38%);
- Distrito Federal: 44 IES, 12 nas faixas 4 e 5 do IGC (27,27%);
- São Paulo: 485 IES, 127 nas faixas 4 e 5 do IGC (26,19%).
Mais sobre o Enade
O Enade tem como objetivo avaliar o desempenho de estudantes e faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. No caso, foram aplicadas provas com 10 questões referentes a conteúdos gerais e outras 30 de tópicos específicos às áreas de formação em questão. Sendo assim, no total, todos os participantes foram avaliados em 40 questões – sendo 25% fáceis, 50% intermediárias e 25% difíceis.
Das 28 áreas que participaram desta edição, foram avaliados 9.812 cursos distribuídos entre 1.347 instituições de ensino superior de todo o Brasil. Dessas instituições, 192 são públicas (52 estaduais, 30 municipais e 110 federais) e 1.155 privadas (87 comunitárias, 319 sem fins lucrativos e 749 com fins lucrativos). Foram cerca de 406 mil estudantes participantes.
O Inep divulgou diversos recortes a partir da avaliação. Confira algum deles:
- Faixa etária: Considerando as modalidades de ensino, 47,5% do público matriculado no presencial tem até 20 anos, e 33,8% de 25 a 30 anos. Já no EAD o cenário se inverte e os estudantes são mais velhos: 30,7% têm acima de 40 anos e 36,2% têm acima de 30. Já com relação ao bacharelado e técnico, o público mais jovem está concentrado nos bacharelados.
- Cor/raça: Os cinco cursos com mais estudantes declarados brancos são Medicina (73,3%), Engenharia Química (69,1%), Engenharia de Controle e Automação (66,8%), Medicina Veterinária (66,6%) e Arquitetura e Urbanismo (65,5%). Já os em que mais pessoas se declararam pretas, pardas ou indígenas são: Enfermagem (57,1%), Engenharia Florestal (56,8%), técnico em Segurança no Trabalho (56%), em Gestão Ambiental (55,1%) e em Gestão Hospitalar (53,7%).
- Sexo: Mulheres estão mais concentradas nos cursos de Estética e Cosmética (98,5%), Fonoaudiologia (90,1%), Enfermagem (84,8), Biomedicina (84,7%) e Nutrição (82,8%). Os homens ocupam mais as salas nas engenharias Mecânica (89,4%), Elétrica (86,8%), de Controle e Automação (86,5%), de Computação (86,2%) e na Civil (70,5%).
A percepção dos estudantes sobre a administração de suas instituições de ensino superior também foi considerada e ficaram melhor posicionadas as faculdades privadas sem fins lucrativos (37,4% com nota alta), comunitárias (32,4%) e públicas municipais (26,3%).
O posicionamento considera respostas dos alunos sobre infraestrutura, corpo docente, oportunidades de ampliação acadêmica e profissional, por exemplo. Nisso, as faculdades privadas com fins lucrativos ficaram com 21,1% de nota alta, as públicas estaduais com 5,5% e as públicas federais com 2,5%.
Sobre os modelos presencial e EaD, os estudantes têm uma visão melhor sobre o presencial, que ficou com 21,2% de nota alta (20,3% média alta, 20% média, 19,2% média baixa e 19,3% baixa). Já o EaD ficou com 4,1% de alta (9,6% média alta, 22,5% média, 35,4% média baixa, 28,4% baixa).