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Dicas para quem quer estudar fora

Da escolha do país ao planejamento das finanças, veja o que considerar na hora de escolher uma instituição para sua graduação no exterior

9 out 2020 - 11h10
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Incrementar o currículo, aprimorar a fluência em outro idioma, enriquecer a bagagem cultural ou mesmo mudar a vida por completo e se tornar um cidadão de outro país. São várias as motivações que levam alguém a decidir cursar uma graduação fora do Brasil.

Em 2019, cresceu em 5,89% o total de intercâmbios feitos por brasileiros, em relação ao ano anterior, passando de 364,4 mil estudantes para 386 mil. Foi o que mostrou a pesquisa Selo Belta 2020, da Brazilian Educational & Language Travel Association (Belta). A organização reúne instituições brasileiras responsáveis por cerca de 75% do mercado de educação internacional no País. O setor de intercâmbio movimentou US$ 1,3 bilhão em 2019 - o estudo sempre se refere a dados do ano anterior e reúne informações de todos os tipos de cursos.

Os mesmos destinos se mantêm em alta na preferência dos brasileiros há três anos, no levantamento da Belta, desenvolvido pelo grupo Mobilidade Acadêmica, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). O Canadá vem sempre em 1.º lugar - já são 15 anos assim -, seguido dos Estados Unidos. Em 2019, a Irlanda passou o Reino Unido, enquanto a Austrália continuou na 5.ª colocação.

Pelo modo responsável como enfrenta a covid-19, a Nova Zelândia aparece na pesquisa como tendência para intercâmbios no futuro, provavelmente substituindo a Irlanda no top 5. Os agentes relataram queda de 46% nas vendas na pandemia.

Desde 2017, os cursos de idioma e de língua combinados com trabalho são os mais buscados por brasileiros. O interesse por graduação no exterior ficou na 7.ª posição na pesquisa Selo Belta 2020. Para ensino superior, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido costumam ser muito procurados por brasileiros. Portugal vem despertando interesse nos últimos anos, pela possibilidade de usar para ingresso a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Confira dicas para quem busca uma graduação no exterior:

Pesquise sobre o lugar

O estudo será a principal atividade no exterior, mas não a única. Assim como no país natal, o cotidiano é marcado pelo contato com a cultura local. Por isso, a escolha da cidade e do país são tão importantes quanto a definição da instituição. Quanto mais complicada for a adaptação, piores são as condições para estudar. Se a vivência for convidativa, maior a chance de que seja academicamente produtivo.

Informe-se sobre instituições

Feiras de intercâmbio costumam render boas informações em palestras ou no contato direto com expositores - entre eles estão empresas, instituições de ensino e governos que investem na divulgação de programas educacionais no Brasil. Na pandemia, esses eventos continuaram a ser realizados, no formato virtual. Uma delas foi a The Student World, com opções de intercâmbio em vários países. Já a EduCanada é a feira anual oficial do governo canadense.

Prepare-se para o processo

As exigências para graduação variam conforme o país e a instituição. Mas o processo geralmente inclui: avaliação do desempenho no ensino médio e no último ano do fundamental por meio do Grade Point Average (GPA), uma média geral das notas convertidas em uma nota de corte da instituição; realização de exames de aptidão, como o Scholastic Aptitude Test (SAT) ou o American College Testing (ACT), que funcionam como um "vestibular" padronizado bem aceito nos Estados Unidos.

Invista na proficiência

O Test of English as a Foreign Language (Toefl) e o International English Language Testing System (Ielts) medem a fluência no inglês. Para graduações no Reino Unido, é recomendado o Ielts, um teste britânico.

Faça atividades extras

Conta a favor fazer atividades extracurriculares, como feiras de ciências, trabalho voluntário, esportes, música, dança, artes e olimpíadas acadêmicas. É por meio dessas atividades que a instituição mapeia as habilidades socioemocionais e experiências de vida do candidato.

Treine para a redação

Os temas são definidos pela banca avaliadora, mas sempre são sempre relacionados a algo pessoal, por exemplo, momentos importantes da vida, sonhos e desafios ou motivos para escolher aquela instituição. A entrevista é usada por algumas instituições, principalmente as mais disputadas, com o intuito de conhecer melhor o aluno. Costuma ser a última etapa da seleção.

Organize os documentos

O primeiro a ser providenciado é o passaporte. Em seguida, deve-se verificar se o país requer visto de estudante para dar entrada. O processo pode ser bem demorado; por isso, vale se programar com antecedência.

Faça as contas

Deve-se considerar moradia, alimentação, transporte (incluindo passagens aéreas), vestuário (podem ser necessárias roupas de inverno bem mais quentes) e custos da instituição (mensalidades e material didático).

Busque bolsas

Vale procurar bolsas de estudo oferecidas por instituições, fundações ou governos. Entre as opções há o Fulbright, programa vinculado aos governos dos Estados Unidos e do Brasil que concede bolsas bilaterais; o Global Affairs Canada (GAC), destinado a estudo e pesquisa no Canadá; e o Campus France, agência do governo francês com um catálogo de bolsas no país. A maior parte das bolsas é oferecida por mérito acadêmico, necessidade financeira e talento (por exemplo, cursos ligados a artes).

Estadão
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