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Após protesto, Bolsonaro sai de universidade escoltado pela PM

19 set 2011 - 19h33
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Após fazer uma palestra na manhã desta segunda-feira na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói (RJ), o deputado Jair Bolsonaro (PP) precisou de escolta policial para deixar a instituição, após protestos de estudantes. Uma viatura da Polícia Militar (PM) foi chamada para conter estudantes, que dirigiam ofensas ao deputado.

Dentro do auditório da Faculdade de Direito onde a palestra aconteceu o clima já era tenso. Segundo Bolsonaro, ele "vendeu o que tinha que vender", apresentando seus argumentos contra a possível implementação do programa de combate à homofobia nas escolas públicas, o que ele chama de "kit gay 2". No auditório, o parlamentar teria sido impedido de sair e levado cusparadas de um grupo de estudantes.

No lado de fora do prédio, um ato de protesto foi realizado por vários alunos. Depois de alguns minutos de tensão, um táxi foi chamado e antes de entrar no carro, o deputado acenou e mandou beijos para os manifestantes. Um segurança também entrou no veículo e, em um vídeo publicado na internet, o homem aparece guardando o que seria uma arma.

Bolsonaro não confirma que estava no local com um segurança armado. "Vi o vídeo e parece que é uma arma, mas, se é mesmo eu não sei, as imagens precisam ser periciadas. Mas, se ele estava armado, garanto que todo mundo que anda comigo tem porte de arma", disse.

Apenas cerca de um hora depois do fim da palestra, Bolsonaro conseguiu deixar a instituição, dentro de uma viatura da Polícia Militar, já que o táxi foi impedido de sair do local pelos manifestantes.

Polêmicas

Bolsonaro critica a distribuição de um kit de combate à homofobia nas escolas públicas
Bolsonaro critica a distribuição de um kit de combate à homofobia nas escolas públicas
Foto: Renato Araújo / Agência Brasil

Jair Bolsonaro tem se notabilizado, principalmente, por apresentar posições polêmicas em temas como homofobia, preconceito racial e defesa da tortura e do regime militar no Brasil. Ele cumpre sua sexta legislatura na Câmara dos Deputados.

Em março de 2011, gerou mais repercussão ao conceder entrevista ao programa CQC, da Band, onde se posicionou contra os movimentos que fazem "apologia" à homossexualidade e à bissexualidade. Disse que seu filho, com "boa educação e um pai presente", "não corre o risco" de se tornar homossexual, e que desfiles gays são "promoção de maus costumes".

Fonte: O Dia
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