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Documentos de Epstein publicados pelo Congresso mencionam Trump

Em uma das mensagens analisadas pelos congressistas, o bilionário faz a afirmação de que Trump "sabia sobre as meninas" — referindo-se a indivíduos que investigações subsequentes identificaram como menores de idade

12 nov 2025 - 20h12
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O Congresso dos Estados Unidos publicou nesta quarta-feira (12) e-mails do empresário Jeffrey Epstein, os quais contêm alegações relativas ao presidente Donald Trump. As mensagens indicam que Epstein alegou que Trump "tinha conhecimento" de suas condutas e que, em uma ocasião, o político "permaneceu por horas" na residência de Epstein na companhia de uma vítima de abuso.

Donald Trump, Melania Knauss, Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell
Donald Trump, Melania Knauss, Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell
Foto: Davidoff Studios/Getty Images / Perfil Brasil

Membros democratas do Congresso afirmaram que a divulgação dos e-mails suscita novas questões a respeito da natureza da relação entre Trump e Epstein. Em uma das mensagens analisadas pelos congressistas, o bilionário faz a afirmação de que Trump "sabia sobre as meninas" — referindo-se a indivíduos que investigações subsequentes identificaram como menores de idade.

Em resposta à divulgação, a Casa Branca acusou os congressistas democratas de "vazamento seletivo" dos e-mails com o objetivo de comprometer a reputação do Presidente.

Jeffrey Epstein, empresário americano conhecido por seu amplo círculo de contatos com figuras proeminentes da política, do entretenimento e dos negócios, foi acusado de ter abusado de mais de 250 meninas menores de idade e de operar uma rede de exploração sexual. Ele foi detido em julho de 2019 e, conforme relatórios das autoridades americanas, foi encontrado morto em sua cela aproximadamente um mês depois. O evento e as circunstâncias de sua morte se tornaram amplamente conhecidos.

Um e-mail datado de abril de 2011, enviado por Epstein a Ghislaine Maxwell, sua assistente e confidente (posteriormente condenada por envolvimento nos crimes), inclui a seguinte declaração: "Quero que você perceba que o cachorro que não latiu é Trump." Epstein adicionou que uma vítima, cuja identidade não foi revelada, "passou horas na minha casa com ele... e nunca foi mencionada sequer uma vez."

Em outra mensagem eletrônica revelada na mesma data, Epstein considera a forma como deveria responder a consultas da imprensa sobre seu relacionamento com Trump, que na época aumentava sua projeção como figura política em nível nacional.

O Departamento de Justiça publicou alguns documentos relacionados ao caso em fevereiro, mas sem a inclusão de novas informações. Durante sua campanha, o Presidente Trump havia prometido a divulgação da "lista" de clientes do esquema de abuso, um documento que supostamente estaria contido nos registros de Epstein. A pressão para a divulgação completa aumentou.

Posteriormente, o Presidente passou a negar a existência da lista e a minimizar a relevância do caso. Em maio, o Departamento de Justiça informou-o de que seu nome constava nos documentos de Epstein.

Trump consistentemente nega qualquer participação ou conhecimento da rede de tráfico sexual de Epstein. Ele afirmou que a relação de amizade com o bilionário ocorreu no passado e foi interrompida há muitos anos.

Outros documentos tornados públicos pela Câmara em julho incluem uma alegada carta enviada por Trump a Epstein. O registro apresenta uma mensagem digitada dentro do contorno desenhado à mão de uma figura feminina nua. A assinatura "Donald" aparece abaixo da área da cintura do desenho. A mensagem se encerra com a frase: "Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo."

O conteúdo do texto desta carta havia sido divulgado anteriormente pelo The Wall Street Journal, que não exibiu o documento original. Trump negou a autoria, processou o jornal e buscou indenização. Após a divulgação do arquivo, o vice-chefe de Gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, expressou dúvidas sobre a autenticidade, citando uma assinatura que, em sua avaliação, diferia daquela habitualmente usada por Trump. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, classificou o documento como falso e afirmou que "está muito claro que o Presidente Trump não desenhou essa imagem e nem a assinou." Apesar das dúvidas levantadas pela Casa Branca, a imprensa americana resgatou documentos da década de 1990 que mostram uma assinatura de Trump semelhante àquela presente na suposta carta.

Entre 2002 e 2005, Epstein foi acusado de aliciar dezenas de meninas menores de idade para encontros em suas propriedades. Em 2008, o empresário chegou a firmar um acordo com a Justiça. O caso ressurgiu em 2019, quando autoridades federais consideraram o acordo inválido e prenderam o bilionário por tráfico sexual.

Em fevereiro deste ano, alguns documentos relacionados ao caso foram publicados pelo governo. Nesses registros, o nome de Trump aparece em registros de voos ligados a Epstein, o que reflete a proximidade que ambos tiveram durante os anos 1990. Trump não é alvo de investigação nesse caso. Recentemente, o Departamento de Justiça informou que não há uma lista de clientes nos documentos da investigação. O próprio presidente Trump passou a afirmar que tal documento não é real.

Perfil Brasil
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