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Procedimento minimamente invasivo para tratar hérnia de disco é seguro e eficaz, diz estudo

A pesquisa, assinada por 4 cirurgiões brasileiros, foi apresentada na Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto

8 mai 2019 - 18h12
(atualizado em 14/5/2019 às 00h43)
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Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de algum tipo de problema causado pela hérnia discal, lombar, cervical e dorsal. Existem várias causas para a hérnia, que pode ser evolutiva e envolver fatores genético, mecânico, degenerativo, nervoso, vascular, imunológico, infeccioso e biológico.

Foto: DINO / DINO

Para o ortopedista, Maurício Marteleto, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), alguns casos de hérnia discal podem causar adormecimento e perda de função motora do membro e, em situações extremas, até a paralisia. "Os sintomas variam entre dor lombar, cervical e dorsal, além da ciática, da braquialgia e da dor intercostal, que se transmitem no trajeto da raiz nervosa inflamada na coluna até a extremidade do membro", destaca.

Segundo o especialista, repouso e uso de analgésicos são os tratamentos iniciais para quem tem hérnia de disco. Exames mais detalhados vão auxiliar no diagnóstico e avaliar o tipo de tratamento adequado para cada caso e até mesmo a necessidade de cirurgia. Na cirurgia tradicional ou aberta, o paciente precisa de anestesia geral e o tempo de recuperação pode chegar a dois meses. No entanto, novas técnicas permitem a realização de cirurgias minimamente invasivas, feitas por meio de pequenas incisões na pele para retirada da hérnia aliviando a compressão do nervo.

O Dr. Maurício Marteleto conduziu um estudo com mais três cirurgiões sobre a chamada "abordagem transforaminal da coluna lombar", um tipo de procedimento endoscópico realizado na lateral da coluna, sem necessidade de cortes, para enxerto ósseo entre duas vértebras. No levantamento, foram analisados os casos de 247 pacientes operados com o uso do método minimamente invasivo.

Do total dos casos pesquisados, apenas 18, equivalente a 7,29%, apresentaram algum tipo de complicação, a maior parte produzida por uma espécie de irritação da raiz nervosa aderida à hérnia discal ocorrida no momento da retirada da hérnia, porém todos com desfecho positivo após o uso de medicamentos, fisioterapia e bloqueios.

05 pacientes apresentaram dor refratária ou recidiva da hérnia e precisaram repetir o procedimento ou fazer o tratamento com bloqueios e medicamentos.

Somente 02 casos, em 247, necessitaram de operação aberta para a colocação de parafusos e enxerto.

"A conclusão que chegamos é que a vídeoendoscopia é um método seguro e eficaz para tratamento de hérnias de disco lombares e possui uma baixa incidência de complicações, até porque as complicações encontradas foram de natureza leve e moderada, apresentando recuperação e desfechos favoráveis após um ano e meio de tratamento", atesta o especialista.

Como é feito o procedimento?

A vídeoendoscopia da coluna reúne um conjunto de procedimentos que visam tratar não só a hérnia de disco mas também doenças associadas, como o estreitamento do canal vertebral e as artroses da coluna (bicos de papagaio) que causam compressões das raízes nervosas (responsáveis pela dor ciática) e dores na coluna vertebral para realizar o procedimento são necessários exames de ressonância magnética e tomografia. O paciente é sedado e recebe anestesia local para confirmar o problema.

Durante a cirurgia Minimamente Invasiva é feito um corte único, de no máximo 3 mm, na pele do paciente. Em seguida, um cateter guiado por vídeo, introduzido no espaço entre a vértebra e as meninges, permite a visualização das raízes nervosas e das meninges. Uma exaustiva lavagem aspirativa da área inflamada resulta, ao longo de poucas semanas, na cura do processo inflamatório e seus efeitos.

Quando o procedimento surgiu, há mais de 3 décadas, era restrito aos casos leves e moderados de dor na coluna e nos conflitos disco-radiculares menores. Mas, na última década, houve uma evolução sem precedentes na técnica comprovada agora pelo estudo.

"Até pouco tempo atrás, só era possível fazer incisões de 10 a 15 cm na pele do paciente, o que exigia um tempo maior de recuperação e hospitalização. Com os procedimentos vídeo-endoscópicos a taxa de complicações intra e pós-operatório e o índice de infecções diminuíram. Com isso, o paciente recebe alta no mesmo dia e em 15, 20 dias ele já pode retornar às suas atividades normalmente", conclui o Dr. Marteleto.

Website: http://www.mauriciomarteleto.com.br

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