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Futuro para as criptomoedas e blockchain é promissor e não há motivos para pânico, diz Rudá Pellini

10 out 2018 - 14h31
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Quase um ano depois da queda do bitcoin, não levando somente em conta o volume das negociações, mas o desenho do cenário que se estabelece, especialistas indicam como demonstrativo também de solidez o anúncio de Initial Public Offering (oferta pública de ações) da gigante de hardwares para mineração Bitmain, o que pode ser considerado um marco para o espaço das criptomoedas. A empresa atua desde 2013 na projeção de chips de circuito integrado para as minas e controla cerca de 80% do mercado. O que se esperaria era a abertura de uma ICO, Initial Coin Offerings (oferta inicial de moedas), para a captação de recursos, mas, justamente pela confiabilidade, se lançou a rigidez de normatizações e garantias do formato de oferta de ações e não ativos virtuais.

Foto: Unsplash / DINO

Em dezembro de 2017, a pouco de fechar o ano com uma alta de 1.751%, os bitcoins assustaram com uma queda sequencial de 30%, gerando especulações sobre o futuro do ativo; o fato, na verdade, acabou servindo para demonstrar que não há espaço ao amadorismo e a necessidade de sangue frio para as operações.

Alguns movimentos ocorridos em 2018, de grandes players da indústria, indicam o caminho que as criptomoedas e blockchain devem seguir, como aponta o especialista e sócio da plataforma de investimentos americana Wise&Trust, Rudá Pellini.

"Somente em 2018, fundos de investimento, bancos e grandes companhias investiram bilhões de dólares na criação de plataformas, tecnologia e novas plantas para desenvolvimento de chips de mineração, apontando um CAGR - taxa de crescimento - de 74% para esta indústria nos próximos 3 anos. O mercado está amadurecendo e a profissionalização é comprovada no momento em que os fabricantes tradicionais estão aderindo à produção de suprimentos para essa tecnologia", explicou.

Pellini também destaca o anúncio de entrada no mercado de criptomoedas feito pela XP Investimentos, com o lançamento de uma Exchange - espaço para compra e venda dos criptoativos. A XP que recentemente teve 49.9% de suas ações adquiridas pelo Itaú Unibanco, é a maior corretora de varejo do país, criada em 2001, e responsável pelo conceito de "desbancarizar" as relações, oferecendo investimentos com rendimentos maiores que os bancos.

"No âmbito internacional, temos ainda a ICE - Intercontinental Exchange -, uma das gigantes do mercado financeiro e responsável pela bolsa de Nova York - NYSE -, anunciando a criação da Bakkt, uma Exchange de criptomoedas e futuros", lembrou, o anúncio feito pela empresa no último mês, com promessa de lançamento já para novembro.

A larga procura e utilização, por empresas de médio e grande porte, em soluções em ferramentas criptográficas, também é salientada por ele como fator importante nas projeções de crescimento, mencionando o Hyperledger, para o desenvolvimento das blockchains (bases de registro para as transações). "A utilização de plataformas como esta, criada pela The Linux Foundation e mantida por empresas como Oracle, IBM e Intel, possibilita o desenvolvimento e promove a criação de um framework modular, suportando componentes diferentes para usuários diferentes", conclui.

Ainda este ano, o banco HSBC realizou a primeira transação de comércio internacional utilizando somente a tecnologia blockchain, ao comercializar um carregamento de soja da Argentina para a Malásia usando o sistema de transações que vem mudando o mundo dos negócios.

A economia de tempo e burocracia foram os principais benefícios para as partes envolvidas no negócio, possibilitando finalizar a negociação em apenas 24 horas. Uma redução de 90% em relação ao comércio tradicional, que chega a dez dias.

Dezenas de empresas estão demandando a contratação de profissionais para desenvolverem projetos com blockchain e está cada vez mais escasso. Isso abre portas para a criação e fomento de comunidades específicas sobre o tema. É o caso da comunidade de Hyperledger no Brasil, com organizações no Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis, São Paulo e Fortaleza. "São organizados eventos mensais ou bimestrais onde são discutidos temas, estudos de caso e aplicações com o Hyperledger", comenta Rudá. É uma oportunidade para que os interessados possam participar e se engajar na pauta.

Em lugares como a Suíça e os Estados Unidos, os salários para desenvolvedores de blockchain chegam a US$ 180mil por ano e especialistas preveem um aumento da demanda por esses profissionais acompanhando o crescimento do mercado.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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