Exportações e importações chinesas cresceram em janeiro, segundo estimativa

Após um período de queda tanto nas importações quanto exportações da China no final de 2018, o governo do país deverá divulgar ainda essa semana os números oficiais do comércio externo em janeiro, apresentando ligeira expansão no setor. A perspectiva dos chineses é que o comércio externo irá se estabilizar ao longo do primeiro semestre de 2019, após as incertezas causadas pela disputa comercial com os Estados Unidos e à desaceleração da economia global, ocorrida no último ano.

No último mês de dezembro, as exportações chinesas sofreram queda de 4,4%, enquanto as importações caíram 7,6%, em comparação a dezembro de 2017. Já para este mês de janeiro, a estimativa será de recuo de 4,1% nas exportações e 11% nas importações. Com base nesses números, alguns analistas especulam que a China deverá acelerar e intensificar suas políticas de afrouxamento e estímulo comercial ainda no primeiro semestre. Como exemplo já houve redução nas tarifas de importação e exportação de mais de 700 produtos, desde minérios até medicamentos e motores.

Para o Brasil, a expectativa é que as relações comerciais entre os dois países sejam mantidas, com indicativos de possíveis fortalecimento. Só em 2018 o Brasil exportou para China o equivalente a 64 bilhões de dólares, enquanto importou 34 bilhões de dólares. Um importante superávit para a indústria e comércio brasileiro.

O setor de tecnologia está entre as principais fontes de importação de produtos chineses no Brasil. O aumento da qualidade dos produtos, aliado ao baixo investimento, torna o mercado chinês atrativo para diversos investidores brasileiros, que conseguem revender o produto no mercado doméstico por um valor competitivo. Como explica Cezar Loureiro, da CartuchoNet, loja online especializada em suprimentos para impressora.

O mercado chinês para tecnologia se expandiu e agora atendem aos mais diversos segmentos de público. Então o mesmo produto, como toners e cartuchos no nosso caso, possui uma versão de entrada, com custo menor, versões 'standard' e 'premium', com qualidade de ponta e maior valor, mas ainda assim bem mais em conta que os equivalentes fabricados por outras marcas e com qualidade similar. Como um mesmo fornecedor nos permite atingir diversos públicos, a negociação é muito mais simples e os gastos com envio e taxas são melhores controlados", diz Loureiro.

Em 2018, mesmo com a guerra comercial com os EUA, a China teve um superávit de 323,32 bilhões de dólares frente ao outro país, sendo o maior já registrado desde 2006. Sendo assim a expectativa é que o país asiático siga sendo um importante protagonista no comércio exterior brasileiro.

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