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Contratações no setor de serviços volta a crescer, segundo CEO da United HR

17 jun 2019 - 10h42
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Setor de serviços volta a crescer este mês, após acumular recuo de 1,8% no primeiro trimestre de 2019, segundo especialistas. Para os especialista em empregos, isto aquece as contratações de executivos.

Foto: United-HR-Márcio-Miranda / DINO

Segundo Marcio Miranda, CEO da United HR, empresa de outplacement e executive search, muitos empregos deixam de ser criados pelo descompasso entre o que a empresa busca e o que os trabalhadores podem oferecer. O Brasil investe pouco em políticas de intermediação e em ações para informar os profissionais sobre as necessidades do mercado de trabalho. A United HR desenvolve programas para executivos que querem mudar de setor, afirma.

A rotatividade dos trabalhadores brasileiros é muito alta pelos padrões internacionais, e por sua vez isso desestimula os empresários a investir em treinamento, de profissionais que nunca atuaram no setor de serviços a entrar neste mercado, declara Marcio Miranda da United HR.

A Pesquisa Mensal de Serviços referente ao mês de abril de 2019, divulgada pelo IBGE, registrou um avanço (0,3%) no volume de serviços prestados no país em relação ao mês anterior na série com ajuste sazonal. Tal resultado interrompeu uma sequência de 3 taxas negativas consecutivas, acumulando uma queda de 1,8% no primeiro trimestre de 2019.

Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o setor apresentou recuo igual a 0,7%, mantendo o resultado negativo observado no mês anterior na mesma base de comparação (-2,3%).

Já a variação acumulada no ano cresceu 0,6%, apontando para uma perda de ritmo frente ao resultado observado no acumulado do ano até o mês de março (1,1%), ambos em comparação com o mesmo período de 2018.

Por fim, no acumulado dos últimos 12 meses, houve crescimento de 0,4%, o que mostra uma desaceleração do ritmo de crescimento em relação aos 12 meses imediatamente anteriores (0,6%), mantendo o comportamento iniciado em fevereiro de 2019 (0,7%).

Variação acumulada de 12 meses do índice de volume de serviços

Conforme comentado anteriormente, dentre as cinco atividades contempladas pela pesquisa, três apresentaram crescimento mensal na série ajustada, sendo elas "Serviços de informação e comunicação" (0,7%), "Serviços profissionais, administrativos e complementares" (0,2%) e "Serviços prestados às famílias" (0,1%). Já "Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio" (-0,6%) e "Outros serviços" (-0,7%) foram as atividades que recuaram no mês de abril.

No que diz respeito à comparação com o mesmo período do ano anterior, a decomposição do resultado mostra que duas das cinco atividades avaliadas registraram queda, o que representa metade das 166 atividades contempladas na pesquisa, sendo elas: "Transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio" (-5,0%) e "Serviços profissionais, administrativos e complementares" (-0,8%). Enquanto isso, "Serviços de informação e comunicação" (2,1%), "Serviços prestados às famílias" (3,6%) e "Outros serviços" (1,2%) foram as atividades que apresentaram crescimento nesta análise.

É importante ressaltar que os resultados do mês de abril foram impactados positivamente pelo segmento de shows e espetáculos contemplados na atividade de "Serviços prestados às famílias", que inclui hospedagem, alimentação e gestão de espaços para eventos. Além disso, destaca-se também o desempenho da atividade "Serviços de informação e comunicação", que acumula alta de 2,1% no ano impulsionada, principalmente, pelo aumento na receita dos serviços relacionados à tecnologia da informação.

Ou seja, enquanto a subatividade de serviços audiovisuais, de edição e agência de notícias acumulou queda de 4,2% no primeiro quadrimestre de 2019, o crescimento da subatividade de serviços TIC (tecnologia da informação e comunicação) foi igual a 4,1%, suportada pelo avanço de 13,7% em serviços de tecnologia da informação no mesmo período.

Por outro lado, porém, o impacto negativo mais significativo veio pela queda na receita das empresas de transporte rodoviário de cargas, ferroviário de cargas e operação de aeroportos. Tal desempenho está relacionado à queda na produção industrial, que acumula perda de 2,7% entre janeiro e abril quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Desta forma, quanto menor a produção de bens, menor o volume de carga a ser transportada e, consequentemente, menor o volume de serviços a ser contratado para esta finalidade. Por fim, a atividade relacionada a transporte também tem sido impactada pela queda na receita das empresas de transporte aéreo de passageiros, influenciada pelo aumento nos preços das passagens no mês de abril.

Assim como no comentário anterior, cabe destacar a desaceleração no ritmo de crescimento dos resultados acumulados em 12 meses, em termos de volume, que mostra uma oscilação do desempenho dos serviços no país, mantendo-se em um patamar 11,9% abaixo do nível recorde já observado na série histórica. Ou seja, não se observou ainda uma recuperação e um crescimento consistentes do setor.

No que diz respeito à variação da receita nominal dos serviços, em abril, esta avançou 0,8% em relação a março de 2019, e, em comparação com abril de 2018, a variação foi positiva em 3,4%. A taxa acumulada nos últimos 12 meses manteve-se positiva, alcançando um crescimento igual a 3,4%.

Márcio Miranda, é CEO da United HR Outplacement & Executive Search, na América Latina, segundo ele a empregabilidade está diretamente relacionada a setores que aumentam os investimentos motivados por reformas trabalhistas, pelas instituições, como os tribunais trabalhistas, pelas regulamentações, a exemplo das normas que regem a demissão de trabalhadores e pelas intervenções, como os programas de seguro-desemprego.

Website: http://unitedhr.co

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