Desemprego cai para 5,6% no trimestre encerrado em julho e atinge menor nível desde 2013 aponta IBGE
IBGE revela redução na taxa de desemprego para 5,6% no trimestre até julho de 2025, menor desde 2013. Crescimento da carteira assinada e aumento da ocupação destacam melhora do mercado.
A taxa de desemprego no Brasil atingiu 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, o menor índice desde o início da série histórica em 2012, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (16). O resultado representa uma queda significativa de 1 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, que registrou 6,6%, e uma redução de 1,2 ponto percentual na comparação anual com o mesmo período de 2024, quando o desemprego estava em 6,9%.
Número de desempregados e população ocupada
O total de pessoas desempregadas caiu para 6,118 milhões, o menor patamar desde o final de 2013, quando havia 6,100 milhões de desocupados no país. Essa diminuição reflete uma queda de 14,2% no número de desempregados em relação ao trimestre anterior, equivalente a cerca de 1 milhão de pessoas que encontraram trabalho.
De acordo com a Pnad Contínua, a população ocupada chegou a um recorde de 102,4 milhões de pessoas, representando 58,8% da população em idade ativa. Parte expressiva dessa ocupação é formada por trabalhadores com carteira assinada, que também atingiu o maior índice da série, com 39,1 milhões de empregos formais registrados.
Setores que mais contrataram
O crescimento da ocupação foi puxado por vários segmentos da economia. Entre os que mais aumentaram o contingente de trabalhadores com carteira assinada destacam-se:
- Agropecuária e atividades relacionadas (+206 mil)
- Serviços relacionados a informação, comunicação, finanças e administração (+260 mil)
- Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+522 mil)
Em comparação ao mesmo período de 2024, os seguintes setores tiveram alta nas contratações:
- Indústria (+580 mil)
- Comércio (+398 mil)
- Transporte e correio (+360 mil)
- Serviços de informação, comunicação, finanças e administração (+480 mil)
- Administração pública, saúde, educação e serviços sociais (+677 mil)
Força de trabalho e desalento
A força de trabalho, que inclui pessoas ocupadas e desocupadas, atingiu um novo recorde de 108,6 milhões entre maio e julho. A taxa de desalento, que indica aqueles que desistiram de procurar trabalho, caiu para 2,4%, correspondendo a 2,7 milhões de pessoas, um recuo de 11% no trimestre e 15% na comparação anual.
Informalidade e trabalho por conta própria
A taxa de informalidade caiu para 37,8%, abaixo dos 38% registrados no trimestre anterior e dos 38,7% do mesmo período do ano passado. Apesar da queda na taxa, o número absoluto de trabalhadores informais subiu ligeiramente para 38,8 milhões.
O trabalho por conta própria teve crescimento, alcançando 25,9 milhões de pessoas, um aumento de 1,9% no trimestre e de 4,2% no ano.
Avaliação do analista do IBGE
William Kratochwill, analista do IBGE, destacou que o cenário demonstra um mercado de trabalho mais ativo, com crescimento da ocupação e redução da subutilização da mão de obra, indicando melhora nas condições de emprego no país.