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Crise na França: entenda a renúncia do primeiro-ministro após alguns dias no cargo

Sébastien Lecornu foi nomeado pelo presidente, Emmanuel Macron, depois que o ex-premiê François Bayrou perdeu um voto de confiança no Parlamento

6 out 2025 - 10h50
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O anúncio da renúncia do então primeiro-ministro da França, Sébastian Lecornu, na manhã desta segunda-feira(6)  agitou a política francesa e aumentou as  incertezas que já pairavam sobre o governo de Emmanuel Macron. Lecornu, que havia assumido o cargo há menos de um mês, argumentou que as divisões políticas internas estavam impossibilitando sua liderança eficaz, colocando os interesses partidários acima dos interesses nacionais. A confirmação veio do Palácio do Eliseu, e Macron já aceitou formalmente a demissão.

Sébastien Lecornu, primeiro
Sébastien Lecornu, primeiro
Foto: ministro da França, renuncia ao caro - Reprodução / CNN / Perfil Brasil

"A composição do governo não foi tranquila e despertou certos apetites partidários — às vezes, de forma bastante legítima, ligados à próxima eleição presidencial. (...) Eu estava pronto para ceder, mas cada partido político queria que o outro adotasse todo o seu programa", disse ele em um discurso.

Durante sua curta gestão, Lecornu teve que lidar com uma série de desafios, muitos dos quais decorrentes de uma economia em crise e de um cenário político fragmentado. A França, que está entre os países com maior dívida da União Europeia, enfrenta dificuldades econômicas que repercutem em diversas áreas, gerando instabilidade governamental. A renúncia de Lecornu é vista como combustível para a já inflamada situação política no país, gerando clamor por ações mais enérgicas por parte de Macron.

Por que a renúncia do primeiro-ministro intensificou a crise política?

A saída do primeiro-ministro escancarou a crise de governança na França, que agora se vê sem uma liderança estável. Assim, a instabilidade no governo de Macron tem sido exacerbada pelas divergências sobre políticas fundamentais, como a reforma da previdência e a imigração. Os partidos de oposição, em particular os extremos, intensificaram suas críticas, demandando soluções que vão desde a dissolução do Parlamento até o impeachment de Macron.

Marine Le Pen, líder da Reunião Nacional (RN), demandou novas eleições legislativas, argumentando que essa seria a única saída para o impasse político atual. Já Jean-Luc Mélenchon, do partido França Insubmissa, pressiona por uma moção de impeachment de Macron, citando a necessidade de responsabilização pela contínua crise de liderança.

"Após a renúncia de Sébastien Lecornu, pedimos a consideração imediata da moção apresentada por 104 deputados para o impeachment de Emmanuel Macron", escreveram Mélenchon e outros líderes do partido França Insubmissa nas redes.

Opções de Macron

Diante dessa turbulência, Macron se encontra pressionado por decisões difíceis. Nomear um novo primeiro-ministro é uma opção, mas a escolha é delicada, dado o equilíbrio político entre direita e esquerda. Outra possibilidade seria a dissolução do Parlamento, embora isso pudesse fortalecer partidos de extrema-direita, como o RN, algo que Macron parece querer evitar. Renunciar continua sendo uma opção remota, mas a incerteza sobre o resultado de eventuais eleições mantém essa possibilidade longe de seu horizonte contemplativo.

Perfil Brasil
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