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Coronavírus

Mercados internacionais fecham em alta com chance de aprovação de novos estímulos nos EUA

Joe Biden, Donald Trump e a presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, pediram que parlamentares aprovem pacote de incentivo de US$ 908 bilhões proposto por democratas e republicanos

4 dez 2020 - 17h48
(atualizado às 19h47)
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As Bolsas da Ásia e da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 4, com a possibilidade de mais estímulos econômicos nos Estados Unidos, após o presidente eleito do país, Joe Biden, pedir aos parlamentares que aprovem o pacote de US$ 900 bilhões apresentado nesta semana. Donald Trump também sinalizou apoio a medidas para aliviar a economia, diante do avanço da pandemia no território americano.

O pedido vem após na última quarta-feira, 2, líderes democratas no Senado defenderem, em nota, que governo e oposição trabalhem a partir da proposta de US$ 908 bilhões revelada por um grupo de parlamentares dos dois partidos, para conter os efeitos da pandemia. A possibilidade de um novo pacote fiscal nos EUA anima os mercados porque a expectativa é de que, com mais dinheiro circulando no país, a economia ganhará mais força.

Nesta sexta, a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosiafirmou durante entrevista coletiva que há uma "grande negociação" em andamento por mais estímulos em Washington. Ela também alertou que, com o aumento de casos da covid-19 e um cenário ainda indefinido sobre a vacina, é extremamente necessário aprovar novos incentivos, já que o mercado de trabalho americano ainda "não está ótimo".

Segundo o relatório de emprego do Departamento de Trabalho, o chamado Payroll, os EUA geraram 245 mil novas vagas em novembro, frustrando a expectativa dos analistas de 450 mil novos postos no mês. Por outro lado, a taxa de desemprego caiu de 6,9% em outubro para 6,7% em novembro, para além da expectativa de baixa de 6,8%. No entanto, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Minneapolis classificou de "enganosa" a queda na taxa de desemprego e disse que o número real é de 10%.

Bolsas de Nova York

A chance de novos estímulos, somada a algum avanço no mercado de trabalho americano, rendeu ganhos para o mercado acionário americano. O índice Dow Jones subiu 0,83%, o S&P 500 avançou 0,88%, enquanto o Nasdaq cresceu 0,70%. Os três índices bateram recordes de fechamento nesta sexta. Na comparação semanal, os índices registraram ganhos ainda maiores, com o Dow Jones avançando 1,03%, o S&P 500 1,67%, e o Nasdaq subindo 2,12%.

A tônica otimista das bolsas nova-iorquinas superou, inclusive, um novo recorde de casos diários do novo coronavírus nos EUA, segundo autoridades locais. Na última quarta-feira, 2, o país registrou 3,2 mil mortos em 24 horas, o maior desde o início da pandemia.Na opinião de alguns especialistas, os EUA estão enfrentando o momento mais difícil da história da saúde pública americana.

Bolsas da Europa

Além da chance de mais estímulos nos EUA, a possibilidade de um acordo comercial pós-Brexit, forma como é chamada a saída do Reino Unido da União Europeia, estar próximo de ser fechado, animou o mercado local. Segundo afirmou de forma anônima um dirigente UE à Reuters, um acordo com os britânicos é "iminente" e deve sair já no fim de semana.

Com a sinalização, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,59%, enquanto a Bolsa de Londres subiu 0,92%. Paris teve ganho de 0,62% e Frankfurt avançou 0,35%. Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 0,78%, 1,49% e 1,37% cada.

Bolsas da Ásia

No continente asiático, as Bolsas encerraram o dia com valorização, diante da chance de mais estímulos. Em Seul, o índice Kospi liderou os ganhos no continente, com avanço de 1,31%. Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,07%, acompanhado pelo Shenzhen Composto, menos abrangente, que teve elevação de 0,40%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,40%. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, fechou em alta de 0,28%.

O Nikkei, em Tóquio, caiu 0,22%, em meio a preocupações com a covid-19 no Japão. Investidores têm dedicado atenção ao país, sobretudo após a prefeitura de Osaka emitir um "sinal vermelho" sobre a situação da doença na cidade.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta sexta-feira, com investidores em geral propensos a assumir riscos, diante do maior otimismo com a chance de novos estímulos fiscais nos EUA. Além disso, o acordo revisado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), anunciado na última quinta-feira, 3, continuava a ser avaliado. Ontem, o grupo anunciou alta de 500 mil barris por dia (bpd) em sua produção a partir de janeiro, evidenciando o clima de otimismo com a retomada da economia em 2021.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,36%, a US$ 46,26 o barril, enquanto o Brent para fevereiro avançou 1,11%, a US$ 49,25 o barril. Na comparação semanal, o contrato do WTI subiu 1,60%./ MAIARA SANTIAGO, EDUARDO GAYER E GABRIEL CALDEIRA

Estadão
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