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Coronavírus

Em meio a escalada de mortes, Bolsonaro passeia de jet-ski

No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 10 mil mortes por covid-19, o presidente da República, Jair Bolsonaro, passeou de jet ski

9 mai 2020 - 18h22
(atualizado às 20h06)
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Presidente Jair Bolsonaro gesticula na rampa do Palácio do Planalto, Brasília 
27/04/2020
REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente Jair Bolsonaro gesticula na rampa do Palácio do Planalto, Brasília 27/04/2020 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

No dia em que o Brasil ultrapassou a marca de 10 mil mortes por covid-19, o presidente da República, Jair Bolsonaro, passeou de jet ski no Lago Paranoá, próximo ao Palácio da Alvorada. As imagens foram publicadas pelo portal Metrópoles. A Secretaria de Comunicação da Presidência não confirmou a informação e disse que se trata de agenda privada.

Durante o passeio, que não estava previsto na agenda, alguns apoiadores se aproximaram para tirar fotos com o presidente.

Assim como Bolsonaro, os populares não seguiram recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Estavam sem máscaras e não respeitaram o distanciamento social.

Um decreto do governo do Distrito Federal tornou obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos desde 30 de abril. Multas de R$ 2 mil por descumprimento serão aplicadas a partir de segunda-feira (11).

O passeio aconteceu em um dia relativamente frio para padrões brasilenses (cerca de 23 graus), após o presidente desistir de realizar um churrasco no Palácio do Alvorada diante da forte repercussão negativa.

O assunto #churrascodamorte esteve entre os mais comentados no Twitter neste sábado, 9. Pela manhã, o presidente chamou o evento de "churrasco fake" em suas redes sociais.

O evento foi anunciado pelo próprio Jair Bolsonaro na quinta-feira (7). Bolsonaro afirmou que faria uma confraternização com cerca de 30 pessoas. Nessa sexta-feira, 8, ele voltou ao assunto e, de forma irônica, afirmou que esperava receber 3 mil pessoas no Palácio.

Gripezinha

Apesar do avanço do novo coronavírus, o presidente continua menosprezando a gravidade da doença. Após se referir à covid-19 como uma "gripezinha", Bolsonaro já afirmou que não tinha o que fazer sobre as mortes. "E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre", disse, no dia em que o Brasil ultrapassou a China no número total de óbitos.

Neste sábado, o Congresso Nacional decretou luto oficial de três dias em razão das mortes causadas pelo novo coronavírus no País, que atingiu a marca de 10 mil neste sábado.

Às 14 horas, a bandeira em frente ao Congresso, na praça dos Três Poderes, em Brasília, foi hasteada a meio mastro. Nesse período de três dias, ficam proibidas quaisquer celebrações, comemorações ou festividades.

Estadão
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